Alguns moradores do bairro Pacaembu contaram que a quantidade de cachorros na rua é grande e constante
Há alguns dias, a moradora encontrou diversos cachorros na principal avenida do bairro (Foto: Arquivo Pessoal)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
Encontrar animais nas ruas de Votuporanga tem sido constante para moradores de alguns bairros. Este é o exemplo dos residentes do bairro Pacaembu, que sempre se deparam com um número elevado de cachorros, principalmente, em uma das avenidas principais do bairro. Esta situação tem causado muito incômodo.
Em conversa com o jornal A Cidade, uma moradora, que preferiu não se identificar, contou que mora no bairro há muito tempo e sempre que volta do trabalho, encontra vários animais pela rua. “Esses dias, era 22h30 e a turma toda estava reunida no meio da rua. Não aguentei e tirei foto”.
Incomodada com a situação, a munícipe disse que por várias vezes teve que desviar o veículo para não atropelar nenhum cachorro. “Acho muita falta de responsabilidade desses donos. Me vem até uma ideia na cabeça, esses cachorros sem raça definida estão tendo oportunidade de serem castrados gratuitamente, porque não aproveitar e já colocar um chip ou uma coleira fixa de identificação para quando acontecer uma situação dessas, multar seus respectivos donos por ter deixado o animal solto”, reforçou.
A votuporanguense ainda relatou que já tentou ajudar diversos animais que ficam soltos ou abandonados nas ruas e, inclusive, já até solicitou o apoio de instituições do município. Ela ainda alertou que não sabe se os donos dos animais abandonam os cachorros ou se deixam soltos pelas ruas sem fiscalização, mas que sempre que sai de casa, encontra muitos.
Em uma rede social, outra moradora também expressou sua indignação com os cachorros nas ruas. “Eu acho que tinha que passar uma carochinha e pegar todos, aí o dono ia lá buscar e pagar uma multa. Quero ver se isso não acabava, está demais este Pacaembu”.
A reportagem do A Cidade entrou em contato com a Prefeitura de Votuporanga e foi informada que o Poder Executivo está ciente sobre os cães soltos no bairro. “Por se tratar de bairro novo em que os imóveis ainda não possuem muros, a pessoa que se muda para o local não tem como conter a fuga do seu animalzinho”.
A Administração Pública ainda disse que está atenta a situação, sendo que o último acompanhamento foi o resgate de uma cadela e 11 filhotes que estavam em um buraco de coruja, próximo ao canteiro de obras da construtora do bairro.
Questionada sobre alguma ação para amenizar, a Prefeitura disse que “está sendo feito um informativo que será distribuído para cada residência dos novos bairros, orientando os tutores em relação as cinco liberdades ou necessidades fundamentais dos animais, orientando também para não os deixarem nas ruas e não os abandonarem”.
Reclamações
O setor recebe, diariamente, reclamações de diversas naturezas, tais como: maus-tratos e abandono de animais que possuem tutores, mas que vivem em via pública. Conforme determina a Lei Complementar nº 345, de 16 de maio de 2017, primeiramente, é feito a orientação para resolver o problema, no entanto, se o tutor não atender as orientações do CPVA, é aplicada uma multa em relação à orientação não atendida.
Denúncia
A população pode acionar o Centro de Proteção da Vida Animal – CPVA (3405-9700 Ramal 9828), a Polícia Ambiental (3421-9008), a Polícia Militar (190) ou a Delegacia mais próxima. A denúncia pode ser anônima, mas para que seja realizada, é preciso que o denunciante tenha certeza do crime, pois uma acusação falsa também gera outro crime. É importante ressaltar também que, com relação a animais soltos nas ruas, a população pode identificar a casa do animal e acionar qualquer um dos órgãos acima mencionados.
A orientação do CPVA é para que as pessoas adotem e tirem um animalzinho da rua. “Este é o maior ato de amor que a população estará fazendo por nossos peludinhos”.
Vistorias
O Poder Executivo ainda alegou que é feito atendimento dessas situações nas ruas do município, onde muitos dos animais abandonados já conseguiram um lar para ficar e/ou lar de passagem onde o animal fica temporariamente até a conquista de um lar definitivo. Este trabalho é desenvolvido por meio da Divisão do Centro de Proteção da Vida Animal – CPVA, unidade vinculada ao Fundo Social de Solidariedade. O órgão também possui ajuda de ONG’s e protetores independentes.