Chaudes Ferreira Junior atua na linha de frente do atendimento aos pacientes com o novo vírus na Santa Casa de Votuporanga
O médico Chaudes Ferreira Junior testou positivo para Covid-19 (Reprodução)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Um dos símbolos do combate ao coronavírus em Votuporanga, o médico Chaudes Ferreira Junior testou positivo para Covid-19. O profissional é coordenador da rede de urgência e emergência do município e um dos responsáveis pelo Plano de Contingência do Coronavírus na cidade.
Em uma rede social, o médico, que atua na linha de frente do atendimento aos pacientes com o novo vírus na Santa Casa de Votuporanga, contou anteontem que testou positivo para a doença. “Aos familiares, amigos e pacientes. Acabo de positivar para Covid-19, ainda os sintomas são brandos, gostaria da compreensão de todos pela minha ausência nos próximos 14 dias em média. Aos pacientes continuarei acompanhando todos para ajudar até o fim, via remota”, escreveu.
Chaudes pediu orações: “gostaria de pedir oração a todos, momento difícil, tenho fé que tudo irá se resolver o mais rápido possível”.
Nos comentários da publicação do médico, muitos desejos de melhoras. “Agradecemos todos os seus cuidados para com os pacientes. Agora é a hora do senhor se cuidar também. Deus seja contigo!”, escreveu Débora Romani. “Deus está cuidando de tudo, doutor. Daqui a pouco o senhor vai estar bom. Deus te cure e te guarde”, acrescentou Cleide Souza Rodrigues Chaves. “Deus é médico dos médicos. E é contigo, doutor, ele está no controle de tudo em sua vida e o senhor irá ficar bom logo em nome de Jesus”, comentou Valéria Monteiro Bocatto.
Por meio da assessoria de imprensa da Santa Casa, o médico conversou com o jornal
A Cidade na tarde de ontem. Ele relatou que está bem, mas com dor de cabeça leve e sintomas gripais.
Questionado como é para ele, médico responsável pelo Plano de Contingência do Coronavírus, estar com a doença, ele respondeu que ficou triste, porque sabe que estava ajudando muito “nessa batalha”. “Me cuidei muito, me privei de toda vida social, inclusive do meu esporte o qual sou apaixonado (ciclismo). Sempre pensei que não teria o direito de parar até a guerra terminar. Mas estou ferido, porém tenho fé em meu Deus que volto logo para a batalha. Fico tranquilo, pois tenho uma equipe maravilhosa e grandes colegas médicos líderes que vão segurar o serviço até minha volta”, falou.
Por estar na linha de frente, Chaudes sabia dos riscos devido a grande exposição “Mas quando em março começamos, foi o que mais quis, enfrentar até o último paciente. Fico triste por estar fora da trincheira por 14 dias. Estou ferido, mas meu Pai me levantará”, concluiu.