Os ônibus ficaram sem rodar por sete dias e agora percorrem até seus destinos com apenas 50% da ocupação
Transporte público de Votuporanga retornou com capacidade reduzida a 50% de ocupação por ônibus (Foto: A Cidade)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Nesta semana, o transporte público de Votuporanga foi retomado, após o período de lockdown no município. Ao todo, os ônibus ficaram sem rodar por sete dias e agora percorrem até seus destinos com apenas 50% da ocupação de passageiros, em cada veículo.
A quantia de passageiros permitida nos ônibus varia de acordo com o tamanho dos veículos, embora todos devam seguir a limitação de 50% de ocupação. Por exemplo, o ônibus que passa pelas adjacências do Assary é menor que o ônibus que transita pelo bairro Estação, pois um bairro tem mais moradores que outro e, portanto, sua demanda pelo transporte coletivo pode ser maior.
Por conta dessa situação, ouvintes da rádio Cidade FM enviaram relatos de pessoas que disseram que não puderam entrar no ônibus porque a ocupação já tinha atingido o máximo permitido.
Sobre esse problema, aSecretaria de Trânsito, Transporte e Segurança, responsável pela gestão do transporte, explicou que a empresa que executa o serviço já estava operando abaixo dos 50% de capacidade mesmo antes da vigência do decreto municipal, porque houve redução na procura pelo serviço.
Segundo a nota enviada pela Prefeitura ao A Cidade, não houve necessidade de ampliação da frota. “A Secretaria segue acompanhando atentamente a prestação do serviço para adequações que se fizerem necessárias”, disse a nota.
Opiniões
Se por um lado essa restrição da ocupação prejudicou alguns munícipes, por outro, trabalhadores que utilizam os ônibus para locomoção encaram com bons olhos a retomada do serviço.
É o caso, por exemplo, daLucimar Barboza, moradora do bairro Estação.Elautiliza o transporte público de Votuporanga há mais de 40 anos.Todos os dias, ela pega o ônibus das 6h15 para chegar ao local em que trabalha.
“Eu moro aqui na cidade há 43 anos e quando começou a circular eu já andava, quando aqui [ponto do ônibus] ainda era terra. Na última semana, tive que ir apé, por não estar rodando.Não compensa pagar mototáxi”, disse Lucimar.
A trabalhadora contou que todos os dias, quando entra no coletivo, está tudo lavado. “Tenho reparado nas pessoas que estão seguindo as recomendações certinhas. Não tem lotação, não corre, não ‘breca’ de uma vez, para mim está excelente.Estão lavando todos os dias e passando álcool.Acho que as pessoas se respeitam aqui dentro”, completou.
Dona Lucimar também não guarda elogios quanto ao horário que os ônibus chegam e saem. “Para mim é melhor que qualquer outro transporte que precisa pagar e tudo no horário certo”, disse ainda.
Na região Leste, a moradora Elaine Cristina dos Santos Silva, que trabalha em uma agência bancária no centro, também utiliza o transporte diariamente e relatou a utilidade que o transporte tem em sua rotina.
“Foi difícil para a gente, que tem problema nas costas, aqui e ali, ter que se locomover quase do outro lado da cidade a pé. Estava indo e voltando a pé por estar sem o transporte público e para mim é muito útil”, contou à reportagem.