Artigo

Porque dormir não é uma perda de tempo

Por Leonardo Azambuja: médico especialista em nutrologia, ciência da fisiologia humana e longevidade saudável
publicado em 09/11/2017
Leonardo Azambuja é colunista do A Cidade e escreve todas as quartas-feiras (Foto: Divulgação)

Leonardo Azambuja é colunista do A Cidade e escreve todas as quartas-feiras (Foto: Divulgação)

Quando você era pequeno, provavelmente tinha alguém que o colocava para dormir. Com o passar dos anos, você ganhou a liberdade de escolher a hora de ir para a cama e cada vez mais decide dormir menos. Com a vida cada vez mais repleta de opções de entretenimento, livros e revistas acumulam-se nas prateleiras, laptops com programações infinitas, redes sociais que surgem na velocidade com que os grupos no whatsapp se multiplicam, precisando serem silenciados para uma noite mais tranquila, entre outros fatores, o dia parece ficar cada vez mais curto e começamos a ir para a cama cada vez mais tarde. O fato é que, cada vez mais, decidimos dormir menos. Quando as horas do dia não são suficientes, as horas da noite são as que acabam sendo reduzidas. E muitas vezes, mesmo conseguindo ir para a cama mais cedo, temos dificuldade de dormir. É uma bola de neve que traz consequências físicas e emocionais. Nada mais cansativo do que se esforçar para dormir, ver as horas passando e, quando finalmente o sono chega, o alarme soa. A insônia não desejada é um distúrbio do sono cada vez mais frequente, com uso cada vez maior de remédios para dormir. Diante desses fatos, diversos estudos vêm sendo realizados e recentes pesquisas apontam sobre os benefícios e a importância do sono saudável, e como melhorar a insônia de forma natural.
- Falta de sono adequado afeta os hormônios que regulam o apetite. A privação do sono está associada fortemente à obesidade, em crianças e adultos. Aqueles que dormem o suficiente tendem a comer menos calorias do que aqueles que não o fazem.
- Falta de sono adequado prejudica a memória e a concentração. Uma noite bem dormida pode maximizar as habilidades para resolver problemas e melhorar a memória.
- Dormir mais melhora muitos aspectos do desempenho atlético e físico.
- Dormir menos do que o necessário está associado a um maior risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral.
- Muitos estudos mostram uma forte relação entre a privação do sono e o risco de diabetes.
- O distúrbio do sono pode causar depressão.
- O sono pode melhorar a função imunológica e ajudar na recuperação de doenças.
- O sono afeta as respostas inflamatórias do corpo: pouco sono está fortemente ligado a doenças inflamatórias e pode aumentar o risco de recorrência de doenças.
- Os pesquisadores acreditam que o sono afeta a capacidade de reconhecer os sinais sociais e processar a informação emocional.
Durma pelo menos 7-8h de sono por noite. Procure manter o ambiente em que você durma sempre o mais escuro possível (parece maluquice, mas até a luz do ar condicionado, stand-by da televisão quando ficam ligados, luz que atravessa frestas das portas, abajur, atrapalham a qualidade do sono) para sempre manter a quantidade do hormônio do sono elevada, conhecido como Melatonina.  Esse hormônio diminui ao envelhecermos e pode ser uma das causas de má qualidade de sono. Procure sempre um profissional capacitado para orientá-lo, verificar se seu hormônio está em queda e como suplementá-lo. 

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