Motivo principal é a falta de área para a realização do evento; anúncio oficial acontece na semana que vem pelo prefeito Junior Marão
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Confirmado: Votuporanga não terá este ano a tradicional Expô/Fisav (Fundo das Instituições Sociais e Associadas de Votuporanga). A notícia foi confirmada pelo próprio presidente da festa, José Euclides Koguchi ao jornal A Cidade, na tarde de ontem. Nos últimos quinze dias, a diretoria esteve no gabinete do prefeito participando de reuniões.
Nos bastidores da Câmara, a informação era de que na próxima semana o prefeito anunciaria a não realização da festa, alegando falta de espaço e pelo Centro de Eventos não estar pronto. Para que o aniversário da cidade não passe em branco, pode ser que o Prefeito anuncie um show gratuito para a população, na Nova Concha Acústica. O artista sugerido para a apresentação é o padre Fábio de Melo.
“Não tem local para se fazer. Está é a nossa realidade. Muito se estuda, mas é difícil encontrar um espaço, não tem”, desabafou o presidente da Expô/Fisav.
Para ele, estudar fazer a festa sem o rodeio, que é tradicional em eventos do interior, é inadmissível. “Fica incompleto”, disse.
Luta
Desde que o antigo Recinto de Exposições “Presidente Costa e Silva” foi vendido para a construção do North Shopping Votuporanga em 2012, a realização da festa passou a ser um desafio para a diretoria.
A promessa da Prefeitura era entregar o quanto antes o Centro de Eventos, espaço destinado para sediar grandes festas como a Expô e o carnaval do Oba! No ano passado, como a obra não avançou e não garantiu estrutura para receber a festa, a alternativa encontrada pelo Pode Público foi solicitar que a empresa Facchini cedesse a área onde futuramente será construído o 7.º Distrito Industrial, às margens da rodovia Euclides da Cunha (SP-320), próximo ao quilômetro 506. A festa aconteceu, mas para não foi como esperada para o Fisav. Neste ano, a diretoria precisava, de fato, de um local que oferecesse maior estrutura que a do ano passado, já que os gastos com montagem, arquibancadas e camarotes, foram altos. Neste ano, a diretoria não teve nenhuma garantia.
Modelo
Ele disse que a diretoria se nega em fazer a festa como ocorrida no ano passado. “Está descartado. A população quer ir em festa dentro da cidade”, disse.
Outro fator que impossibilitou a realização da festa é que já se passaram dois meses do período para a contratação de shows. Agora, segundo Koguchi, os cantores, duplas e bandas já estão com agendas cheias e não abrem exceção.
Sem a realização da Expô/Fisav, quem perde são as entidades assistenciais. A festa tinha como finalidade destinar o lucro para a ser dividido entre cada uma.
Koguchi lamenta o ocorrido. “Sem local de realização, até as entidades perdem”, disse.