O Dr. Hamilton Zúniga Veloso da Costa participou de uma entrevista nos estúdios da Cidade FM e falou sobre a doença
Oncologista Dr. Hamilton Zúniga esteve nesta sexta-feira na Cidade FM, onde explicou sobre o câncer (Foto: A Cidade)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
Umas das doenças que mais preocupam a população é o câncer. Assim como em outras áreas de medicina, existem muitas vertentes desta doença e que, ao ser falada, gera até um desconforte. Na região Noroeste Paulista, são poucas cidades que oferecem o tratamento do câncer.
Aqui em Votuporanga, os moradores podem realizar o tratamento no Instituto de Cancerologia. Ontem, o médico oncologista Dr. Hamilton Zúniga Veloso da Costa esteve na Cidade FM para explicar um pouco mais sobre a doença, seus tratamentos e prevenções.
O especialista contou durante entrevista que o câncer acaba sendo uma doença silenciosa e muitas vezes é diagnosticado de forma acidental, ou seja, em outros exames periódicos. “Não há uma regra. Isso acontece bastante em alguns tipos de tumores, mas outros já abrem um quadro com uma sintomatologia e esses já são diagnosticados a tempo”.
Quando a patologia é diagnostica a tempo, a chance de cura é de até 95%. Por isso, Hamilton reforça que os exames de prevenção são fundamentais, como mamografia, colonoscopia para as mulheres e exames de próstata para os homens. Da mesma forma, ter uma alimentação saudável ajuda não só na prevenção do câncer, mas de outros segmentos da saúde.
Conforme o Dr. Hamilton informou, o câncer mais comum no mundo se tratando dos homens é o de pulmão, seguido de próstata, intestino, estômago e fígado. Na mulher, o câncer de mama é o de maior incidência, depois intestino, pulmão, colo do útero e estômago. Já no Brasil, segundo dados do Inca, em 2018/2019, houve 600 mil novos casos de câncer por ano e o de maior incidência é o câncer de pele não melanoma e na mulher, é o de mama.
Na cidade, os tratamentos de quimioterápico, imuneterápico e outras drogas são realizados no Instituto e acompanhado de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, nutricionistas, enfermeiros oncológicos e outras especialidades. “Mesmo quando o paciente acaba o tratamento de câncer, ele segue recebendo acompanhamento por aproximadamente cinco anos”, explicou.
Questionado sobre a queda de cabelo para os tratamentos do câncer de mama, o médico explicou que é o tipo de quimioterápico, ou seja, a substância que proporciona estes efeitos. “Uma classe de drogas que você usa para tratar alguns tipos de tumores que tem como efeito colateral a queda de cabelo”. O Instituto, acrescentou, está adquirindo um equipamento, onde o paciente utiliza um capacete de congelação e que preserva o couro cabeludo, consequentemente, diminui a perda de cabelo.
“Hoje, a área oncológica é de extremo dinamismo, como toda medicina. Para você ter uma ideia, hoje um estudo cientifico de três ou quatro anos atrás já é considerado defasado. Então, você tem que estar sempre buscando conhecimento, estudando e frequentando todos os congressos. Cada ano são estudos novos que estão saindo e a oncologia está evoluindo de tal maneira”, finalizou Hamilton.