Mesmo sem o adiamento, as aulas não retornariam na cidade em setembro, porque Votuporanga está na fase laranja
Escola Estadual Professor Cícero Barbosa Lima Júnior (A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Após o Governo do Estado adiar o retorno nas aulas presenciais, a Apeoesp (Apeoesp Sindicato dos Professores e Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de Votuporanga reforçou que é contrária a volta do ensino presencial neste ano.
Recentemente, o governador João Doria anunciou que a retomada das aulas presenciais no estado ocorrerá no dia 7 de outubro. Para que a previsão se concretize, é necessário que o estado esteja por 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. O retorno será gradual e, na primeira etapa, vai atingir até 35% dos alunos. Anteriormente a retomada estava prevista para 8 de setembro.
Em conversa com a reportagem do jornal
A Cidade, José Vanderlei Corsini, coordenador da subsede da Apeoesp em Votuporanga, lembrou que mesmo sem o adiamento, as aulas não retornariam na cidade no dia 8 de setembro, já que o município ainda está na fase laranja e se passasse para a amarela, não ficaria os 28 necessários como pré-requisito. “O nosso posicionamento é que não deve haver aula presencial esse ano. A Apeoesp bate na tecla que é inviável o retorno neste ano por conta do risco de uma onda gigantesca de contágios entre crianças, adolescentes, professores e funcionários das escolas”, destacou.
Na opinião do coordenador, as crianças não respeitarão o distanciamento de um metro e meio e não irão higienizar as mãos constantemente, e isso irá trazer consequências. “A mesma coisa com os adolescentes, que já não cumprem regras por natureza, e nós já constatamos isso no dia a dia, e na escola eles vão ter o contato, eles não vão ficar no distanciamento”, falou.
José Vanderlei contou que alguns lugares dos Estados Unidos retornaram as aulas presenciais nesta semana, porém em poucos dias 97 mil alunos foram infectados, portanto houve um grande avanço do contágio de crianças e adolescentes. “Enquanto não existir um medicamento eficaz ou a vacina, mantemos o nosso posicionamento de ser contra o retorno esse ano, porque o que nós preservamos são as vidas em primeiro lugar. As outras questões, o aprendizado, tudo isso a gente consegue depois, mas a nossa vida é única, é uma só, então temos que preservar por ela nesse momento”, concluiu.