Cidade
Iniciativa de votuporanguenses leva comida para animais sobreviventes das queimadas na cidade
Além do problema do fogo, agora, os animais que sobreviveram sofrem a chamada ‘fome negra’ por conta da falta de plantas frutíferas
publicado em 17/10/2020
A engenheira ambiental Fabiana Agostine Preti e seu esposo Dácio Preti Junior, realizam a ação (Foto: Arquivo Pessoal)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A soma do saber profissional e a motivação de fazer algo para ajudar, neste momento de queimadas e devastação de florestas naturais, levou a engenheira ambiental Fabiana Agostine Preti e seu esposo Dácio Preti Junior, com a ajuda do Lions Clube “Brisas Suaves”, a ideia de ajudar animais sobreviventes de queimadas na cidade que estavam buscando alimentos em propriedades rurais vizinhas.
O trabalho leva alimentação a lugares devastados pelo fogo, isso porque após as queimadas, segundo biólogos, pode ser que morram mais animais de fome do que pelo o próprio incêndio, por conta do equilíbrio ambiental da região. Este fenômeno ficou em evidência devido aos incêndios do Pantanal, e é chamado de ‘fome negra’, por conta dessas espécies que estão sucumbindo em sede e fome.
“Porque agora o ciclo se renova, onde se queimou não há mais folha, flores e nem fruto, e talvez não tenha nem raiz. Então acontece que os animais vão migrar para áreas onde vai ter fartura de alimentos ou invadir roças”, explicou a engenheira.
Na semana passada, ela e o marido foram deixar alimentos coletados por meio de doações espontâneas. Banana, mamão e demais frutas, foram deixadas em três locais diferentes e neste fim de semana eles voltarão para analisar e colocar mais alimentos em novos lugares.
Cuidados
Como o trabalho é de médio a longo prazo, por conta justamente deste impacto ambiental que precisa ser corrigido, Fabiana deixa a ideia para que moradores que tenham mata ou lugares de preservação próximo aos seus lares se mobilizem também para ajudar.
“Não custa você pegar e levar (o alimento), desde que, claro, se tenha alguns cuidados básicos, por exemplo o mamão que a gente ganhou tem uma etiqueta plástica que o correto seria retirá-las, do resto é apenas deixar lá que eles sentem o cheiro e comem”, finalizou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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