O jornal A Cidade conversou com Stefani Rodrigues Camilo sobre o Dia Internacional da Síndrome de Down
Entre os objetivos do Dia Internacional da Síndrome de Down está a conscientização sobre inclusão e luta por direitos igualitários (Fotos: Arquivo pessoal)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Março é o mês internacional da Síndrome de Down. No calendário da ONU (Organização das Nações Unidas), o dia mundial dedicado à síndrome é celebrado em 21 de março. Neste ano, o dia caiu no domingo.
O jornal
A Cidade conversou com Stefani Rodrigues Camilo sobre a data. Ela é estudante de pedagogia na Unifev e auxiliar de classe pedagógica de educação especial na Afupace (Associação Fraterna da União dos Pais e Amigos das Crianças Especiais) Recanto Tia Marlene.
"Essa data tem como principal objetivo celebrar a vida das pessoas com Síndrome de Down, além de conscientizar a população sobre a inclusão e a importância da luta por direitos igualitários. O dia promove a visibilidade social dessas pessoas na sociedade", explicou Stefani.
Data internacional
Segundo o portal Movimento Down, o dia "21/3" foi escolhido porque a síndrome é uma alteração genética no cromossomo 21, que deve ser formado por um par, mas, no caso das pessoas com a síndrome, aparece com três exemplares (o que é chamado de trissomia).
Quem teve essa ideia foi o geneticista Stylianos Antonorakis, da Universidade de Genebra, que foi referendada pela ONU em seu calendário oficial. A primeira comemoração da data foi em 2006.
A cada ano, a ONU estabelece um tema para o dia internacional dedicado à síndrome. O tema deste ano foi "conectividade e participação". Para a entidade, é possível incluir as pessoas com Down de forma equitativa em sua participação na sociedade.
"É preciso conscientização, frisar a importância desta causa, valorizar a diversidade humana e reconhecer que é fundamental oferecer igualdade de oportunidades para pessoas com a Síndrome de Down, e qualquer outra deficiência que seja. Eles têm o direito de ter convivência e interação em comunidade", afirmou Stefani.
Sobre a síndrome
De acordo com a auxiliar de classe pedagógica, a Síndrome de Down causa limitações no desenvolvimento físico e intelectual da pessoa. Neste contexto, a família é muito importante.
"A família é o contexto imediato e primordial que exerce a maior influência sobre o desenvolvimento de pessoas com a síndrome. Acreditar na capacidade deles, estimular aprendizagens cognitivas, afetivas e motoras é o maior suporte que eles devem ter", explicou.
‘Super Chico’
Em um vídeo gravado para o Recanto Tia Marlene, Daniela Guedes Bombini, mãe do Francisco Guedes Bombini, o "super Chico" de quatro anos que viralizou na internet ano passado, falou sobre a sua rotina com o filho. A família é de Bauru.
"O Chiquinho veio para nós como um presente, de surpresa. A gente recebeu ele desde o primeiro momento de braços abertos. A nossa rotina é bastante agitada, porque o Chico não sai de casa. Ele vive em sistema de home care, ou seja, internação domiciliar. A minha casa é frequentada por muita gente que faz parte do home care. São cerca de 10 a 11 pessoas por semana, entre enfermagem, fonoaudióloga, fisioterapeuta e médicos", contou Daniela.
Para ela, o mais importante é que o "super Chico" continue saudável. O pequeno nasceu prematuro, passou por sete cirurgias e, em julho do ano passado, venceu o coronavírus após passar 18 dias internado.
Depois de viralizar, ele recebeu uma festa drive-thru de aniversário e parabéns de artistas famosos. Entre eles estavam seu "xará" Chico Buarque e Alceu Valença.