Questionado pelo A Cidade se recebeu algum tipo de pressão do setor industrial para abrandar medidas da área, Seba disse que não
Setor industrial terá regras próprias durante o lockdown em Votuporanga, com funcionamento para ala essencial (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O prefeito Jorge Seba (PSDB) negou a existência de “lobby” do setor industrial para que o lockdown fosse mais “brando” para a área. Segundo o prefeito, a manutenção das indústrias funcionando segue determinações de um decreto federal e busca a preservação de empregos no município.
Segundo o prefeito, as novas medidas, que ele não classifica como lockdown, visam reduzir a circulação de pessoas nas ruas e, consequentemente, do contágio do vírus, o que terá efetividade com a paralisação dos demais setores e redução da jornada em algumas das indústrias.
“Não há lobby. O lobby é para a população. Não há polêmica nenhuma, a indústria alimentícia, tanto a grande como a pequena, faz parte de uma determinação federal. É uma cadeia produtiva que desde o primeiro momento é respeitada por todos os decretos municipais e estaduais em vigor. Em relação aos 50%, é exatamente isso, nós tiramos 50% de circulação, mas mantemos as empresas produzindo. Não era um apelo assim? Muitas empresas diziam que se fechar por um tempo muito grande, talvez aquele emprego daquela pessoa que está afastada não vai nem mais existir. É uma forma de nós protegermos os empregos”, respondeu o prefeito ao ser questionado pelo
A Cidade.
Seba fez então um apelo então às empresas para que cumpram as determinações e garantiu que haverá fiscalização. “Faço um apelo para as indústrias que vão funcionar com 50% e as que são do decreto essencial, que mantenham o distanciamento, dentro da fábrica e fora para que os funcionários não se aglomerem na entrada e nem na saída”, concluiu.
As regras
De acordo com o decreto municipal, as indústrias em geral cuja paralização acarrete, danos à estrutura do estabelecimento e aos respectivos equipamentos ou máquinas, bem como implique no perecimento deinsumos, poderão atuar com, no máximo, 50% do número de funcionários.
Já as indústrias que são tidas como essenciais pelo Decreto Federal nº 10.282/2020, que são as químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas.