Maioria dos votuporanguenses não está contente com os preços dos ovos de Páscoa neste ano nos supermercados
O tratorista Júnior Walgrez disse que apesar de achar os ovos mais caros, pretendia comprar porque 'pelo menos um precisa ter' (Foto: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
A maioria dos votuporanguenses não está contente com os preços dos ovos de Páscoa neste ano nos supermercados. Entre os entrevistados pelo jornal A Cidade na quarta-feira (31), foi quase consenso que os ovos estão mais caros neste ano, em comparação a 2020.
A reportagem também questionou os consumidores sobre seus planos para esta Páscoa. Neste quesito, foi consenso: todos em casa, seguindo as medidas de isolamento social para se protegerem do coronavírus.
Para a professora Monica Guedes, não só os ovos de chocolate estão caros, mas todos os produtos relacionados à Páscoa. Como exemplo, ela citou o preço do bacalhau.
"Eu tenho três afilhados, então vou comprar três ovos. Vou ter que comprar os menores. A Páscoa, com certeza, vai ser bem limitada nesse ano", contou a professora.
Monica também apontou que esperava que o comércio "aliviasse" um pouco o preço dos produtos, por conta da pandemia. Mas disse que está observando justamente o contrário.
"Acho que com essa questão da pandemia, ao invés de favorecer as pessoas, está tudo muito caro no comércio. Já chega o problema que estamos enfrentando, que é a questão da saúde, [ainda] muita gente desempregada. Vai sobrar muito ovo", disse Monica.
Ela também contou que vai passar a Páscoa em casa, na companhia de quem mora com ela. A professora queria visitar o irmão, que mora num sítio em Cardoso, mas decidiu ficar em casa, por conta da pandemia e das medidas restritivas decretada pela Prefeitura.
"A gente tem um monte de amigos que estão intubados na UTI, então isso está deixando a gente para baixo. Não tem nem clima para festejar", relatou.
O advogado Rafael Souza também reclamou da aparente subida dos preços dos ovos de Páscoa. Além disso, ele contou que os cuidados estão redobrados já que sua esposa está na última semana da gravidez.
"A Páscoa esse ano vai ser restrita, só eu e minha esposa. Vou comprar ovo para o meu sobrinho, provavelmente um bem barato, e um para ela. Com a gravidez, estamos bem quietos", relatou o advogado.
O tratorista Júnior Walgrez também acha que os ovos estão caros. Mesmo assim, ele contou à reportagem que estava pensando em comprar um. "Pelo menos um ovo precisa ter [em casa]", disse Walgrez. Ele vai passar a Páscoa com a esposa e seus filhos, em casa.
Já a auxiliar de limpeza Ivanete dos Santos Magalhães foi a única, entre os entrevistados pelo jornal, que achou os ovos mais baratos neste ano em comparação a 2020.
"Não estou achando muito caro. Nossa Páscoa vai ser só nós quatro, que moram na [mesma] casa. Não vou ver nem minha neta. O ovo de Páscoa vou ter que dar depois ou mandar. Vou chegar lá no portão e largar. É a situação, não tem mais condições para a gente se reunir. Tem que obedecer a lei e preservar a nossa saúde e a de quem a gente gosta", disse a auxiliar.