Para visualizar a notícia, habilite o JavaScript na página!
Impressão bloqueada!
Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link http://www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2022/03/profissionais-da-saude-de-votuporanga-organizam-evento-para-conscientizar-populacao-sobre-autismo-n72443 ou as ferramentas oferecidas na página. Se precisar copiar trecho de texto para uso privado, por favor entre em contato conosco pelo telefone (17) 3422-4199 ou pela nossa central de atendimento: http://www.acidadevotuporanga.com.br/atendimento/fale-conosco
Cidade
Profissionais da saúde de Votuporanga organizam evento para conscientizar população sobre autismo
A terapeuta ocupacional Dayane Alves e a fonoaudióloga Gisley Casali estiveram na Cidade FM para dar detalhes sobre a iniciativa
O autismo está em todo lugar e o preconceito contra ele também. É o que a terapeuta ocupacional Dayane Alves, que atende em Votuporanga, falou, durante uma entrevista na Cidade FM. Acompanhada da fonoaudióloga Gisley Casali, que também atende no município, a terapeuta falou sobre uma iniciativa para combater o preconceito contra ele: um café da manhã para compartilhar e trocar informações sobre o tema.
O “evento” - que conta com apoio da Clínica Protege, da enfermeira Haline Morato; e outros estabelecimentos da cidade, como Carol Brinquedos e Miguel Play Kids - está marcado para acontecer a partir das 10h, no Centro de Compras Morini, na Galeria do Muffato, no dia 02 de abril – considerado o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo. As profissionais convidaram toda a população para comparecer, vestindo uma peça de roupa azul (a cor da “causa”).
“Precisamos falar mais sobre isso, para que as pessoas conheçam e saibam lidar com o comportamento para acolher tanto as famílias quanto as crianças”, disse Dayane.
O autismo
A terapeuta ocupacional começou a entrevista falando sobre como o autismo é diagnosticado nas crianças. “Desde muito cedo, já é possível identificar o autismo, mas precisa da avaliação de uma equipe multidisciplinar, junto a um médico neurologista ou psiquiatra. As orientações à família [para lidar com isso] variam, porque a criança autista é diferente. Cada criança é um ser único, com as suas especificidades”, disse.
Em seguida, a fonoaudióloga Gisley Casali explicou quais são os primeiros sintomas do autismo. “Os primeiros sintomas são que a criança não olha no olho, não faz o tchau, não tem uma comunicação global, que são os gestos, porque a gente não se comunica só por meio da oralidade. Uma criança com nove meses já tem que conseguir se comunicar com gestos, por exemplo, fazendo ‘tchau’ e ‘vem’ com a mão, olhando para as direções de onde vêm barulhos, olhar no olho etc. Geralmente, quando é o primeiro filho os pais não têm parâmetro disso, mas a partir do segundo eles já conseguem perceber o que o bebê não está fazendo”, contou.
Dayane também falou sobre a inclusão social das pessoas autistas. “Nós precisamos incluir essas pessoas com autismo em qualquer lugar, seja no mercado de trabalho, na escola etc. É possível que eles tenham independência e autonomia. E os profissionais da área da saúde, como fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais, estão aí para poderem ajudar essas crianças a terem autonomia e independência; e estarem onde quiserem”, ressaltou.
Outro ponto explorado pela terapeuta foi em relação a como a adaptação pode ser trabalhada para garantir a inclusão social dessa parte da população. “Quando falamos de inclusão, não falamos só sobre a questão da acessibilidade, mas sim de adaptação. Por exemplo, a maioria das crianças tem hipersensibilidade auditiva, então em locais com muitas luzes e som alto o cérebro deles não consegue processar essas informações e eles apresentam comportamento de fuga. Então, dá para fazer essa adaptação no cinema, por exemplo. Não precisa mudar, mas adaptar, de acordo com a potencialidade de cada criança”, explicou.
A fonoaudióloga, então, explorou justamente como a sua área pode contribuir no acompanhamento de pessoas autistas. “Eu, particularmente, trabalho com o método Denver, que trabalha várias habilidades, não só a fala. Antes da fala, precisa de uma série de pré-requisitos. A criança precisa saber imitar, olhar nos olhos etc. Então, não adianta a fonoaudióloga que não tem essa abordagem trabalhar a fala numa criança que não atenda esses pré-requisitos para adquirir essa função. Minha dica para os pais é: quando precisarem de uma profissional, procurem aqueles que tenham métodos de abordagem para autistas. Isso vai facilitar que eles desenvolvam independência”, afirmou.
Pedido
Por fim, Gisley fez um apelo. “no meu consultório, eu fiz uma vaga específica para autistas. Vamos fazer isso, ao invés da colocar a cadeira de roda [para sinalizar que é vaga para pessoas com deficiência]. Alguns pais já me contaram que ao estacionarem numa vaga com o símbolo de uma pessoa cadeirante e descerem com a sua criança [autista] que anda, todo mundo olha meio de viés. Vamos sinalizar nos supermercados, comércio e afins vagas específicas para autistas, filas específicas para autistas etc”, sugeriu.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2022/03/profissionais-da-saude-de-votuporanga-organizam-evento-para-conscientizar-populacao-sobre-autismo-n72443
Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link {{link}} ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos do jornal A Cidade estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Se precisa copiar trecho de texto para uso privado, por favor entre em contato conosco pelo telefone (17) 3422-4199 ou pela nossa central de atendimento: http://www.acidadevotuporanga.com.br/atendimento/fale-conosco