Cidade
Delegada de Votuporanga é candidata da deputada federal
Dra. Júnia Macedo, que atuou por anos nas delegacias da cidade, trabalha hoje em São José dos Campos, mas busca votos na região
publicado em 16/09/2022
A delegada Júnia Macedo, que atuou por muitos anos nas delegacias de Votuporanga, agora é candidata a deputada federal (Foto: A Cidade)
Da redação
Votuporanga recebeu nos últimos dias a visita de uma velha conhecida, que tenta hoje uma vaga na Câmara dos deputados. Trata-se da delegada Júnia Macedo (PTB), que hoje está lotada na Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São José dos Campos, mas atuou por anos nas delegacias da cidade e da região.
Júnia se mudou para Votuporanga na adolescência e aqui se casou e teve suas filhas. Sua primeira carreira na polícia foi como escrivã, onde trabalhou na Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) e também na Seccional, até que prestou concurso para delegada.
“Quando passei no concurso fui enviada para São Paulo, mas depois consegui voltar para a região, onde trabalhei como delegada em Cosmorama e Álvares Florence, além e tinha os plantões em Votuporanga”, contou.
Em sua carreira na polícia ela também passou por São José do Rio Preto e pelo Litoral Norte, até chegar a São José dos Campos, sendo que por onde passou se tornou reconhecida pelo trabalho contra a violência doméstica na elaboração da Lei Maria da Penha, participando, inclusive, do grupo de delegados do Brasil que opinaram nela e entrou para a história sendo a primeira delegada do país a efetuar uma prisão pela Lei Maria da Penha.
Esse histórico de trabalho, aliás, é que também norteia suas principais propostas da campanha. O primeiro deles é o projeto Maria da Penha, que são três meses de auxílio para mulheres que não tenham renda e que sofram violência doméstica para que elas consigam deixar o lar e o lar e abandonar o agressor, com o encaminhamento dessa mulher para um curso profissionalizante para que ela possa caminhar sozinha.
“O outro projeto que nós temos é Mamãe Coruja, que é creche 24h para detentores de guarda, porque hoje não temos só mulheres, temos homens, avós, tios e pessoas que trabalham em empresas a noite, são pessoas que pagam impostos como as outras e não tem direito a creche. Outro projeto é o de trabalhar na raiz do problema, o homem que é um agressor precisa resinificar a figura da mulher na mente dele, porque se não, ele vai mudando de parceira e continua a ser um agressor. O agressor reincidente na Lei Maria da Penha ele tem que ser obrigado a participar de um grupo de apoio para resinificar a figura da mulher em sua mente”, completou a candidata.
Júnia, no entanto, não foca seus projetos apenas na questão de segurança e defesa da mulher, pois tem também pautas como o que concede um incentivo fiscal para empresas que contratem pessoas com mais de 50 anos e a redução de tributação nos insumos para as cadeias agropecuárias, tais como ração, medicamentos veterinários, adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas.
Perda
Em maio a delegada Júnia perdeu uma de suas maiores incentivadoras, sua filha a médica Mariana Cristina Macedo Veiga, que faleceu aos 28 anos vítima de um mal súbito. A candidata conta que a dor da perda prematura lhe serviu como combustível para buscar formas de melhorar a vida das pessoas.
“Alguns partidos já tinham me procurado para que eu fosse candidata e a Mariana me apoiava muito para que eu aceitasse. Ela dizia que essa era a chance de poder ajudar ainda mais as pessoas. Quando minha filha se foi eu decidi então seguir com esse propósito”, concluiu.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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