Dados apurados pela reportagem do jornal A Cidade revelam mais de 360 acidentes somente neste ano na cidade
Um morador da cidade relatou que ele e cachorro foram picados por escorpiões (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
Daniel Marques
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Eles podem estar onde menos se espera. Assim são os escorpiões, que seguem assustando os moradores de Votuporanga. Dados apurados pela reportagem do jornal
A Cidade junto à Secretaria Municipal de Saúde revelam que somente neste ano, até esta quarta-feira (18), foram registrados 364 acidentes por escorpião e nenhuma morte.
“Sempre achando esses bichos aqui. No ano passado, me picou, passei o dia todo no Mini Hospital do Pozzobon, também picou meu pet, que nunca mais teve saúde. Levei eles três vezes no veterinário, mas não adiantou. Tenho uma filha deficiente e tenho muito medo”, relatou um morador nas redes sociais após achar um escorpião.
A questão requerer cuidados, tanto que a Secretaria Municipal da Saúde chegou a realizar uma série de atividades relacionadas a “Semana Estadual de Enfrentamento do Escorpião no Estado de São Paulo". Ocorreram palestras nas escolas municipais, visitas domiciliares com os agentes de saúde ressaltando a importância no combate ao animal e também distribuição de material publicitário informativo nos Consultórios Municipais, dando maior visibilidade ao tema.
O acidente escorpiônico – ou escorpionismo – é o envenenamento causado, no ser humano, através da picada do escorpião que injeta o veneno por meio de um ferrão localizado na ponta de sua cauda por isso, o objetivo é reforçar a intensificação de ações e atividades preventivas e atendimento oportuno, tanto em espaços públicos quanto em residências. Crianças até 10 anos de idade integram o grupo de maior risco de óbito.
Os sintomas causados podem ser classificados em três tipos: leve, moderado e grave. Dor intensa no local da picada e agitação, é considerado sintoma leve; moderado é quando, além da dor intensa e agitação, há também vômitos ocasionais, suor, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração; a gravidade da picada gera também dor intensa, suor, vômitos profusos, sonolência com agitação, tremores, aumento dos batimentos cardíacos e respiração, salivação excessiva, hipotermia, convulsões, edema pulmonar, insuficiência cardíaca e choque, podendo levar à morte.
Ao ser picada, a pessoa deverá lavar o local com água e sabão, sem fazer torniquete, que é amarração acima da picada e procurar imediatamente atendimento médico na Santa Casa, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou Hospital "Fortunata Germano Pozzobon", na zona Norte da cidade.
No caso de surgimento de escorpião ou qualquer outro animal peçonhento, é necessário comunicar a Vigilância Ambiental através dos telefones 0800 – 770 – 9786, (17) 3406 – 3175 e (17) 3406 – 3181, para que seja feita a notificação e a equipe possa ir até o local orientar e, se for necessário, realizar busca ativa noturna com luz negra para captura do inseto.
Combate
Embora a Vigilância Ambiental realize durante o ano todo ações constantes de prevenção e controle de escorpiões, é necessário também conscientização e colaboração da própria população em adotar hábitos simples como por exemplo, limpeza de quintais e terrenos; tampar com tela, ralos externos e pias de banheiro, cozinha e tanques; manter fechada a saída de água da máquina de lavar, quando não estiver sendo utilizada; fazer reboque em frestas de muros, paredes e chão; vedar caixa de gordura e esgoto; verificar o interior dos calçados e balançar toalhas de banho antes de se enxugar; não deixar que a roupa de cama rele no chão e brinquedos espalhados; desencostar camas e sofás das paredes; e manter lixo fechado para evitar atração de insetos, que é o alimento do escorpião, principalmente baratas.