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Cidade
Saev contrata robô para encontrar a solução do maior problema sanitário de Votuporanga
A tecnologia será utilizada a favor da autarquia diante da complexidade de um entupimento na região do bairro Boa Vista
A Saev Ambiental (Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Votuporanga) decidiu recorrer à tecnologia para enfrentar um dos maiores desafios sanitários e ambientais de sua história: o entupimento de um interceptor de esgoto localizado sob a movimentada rodovia Euclides da Cunha, na altura do bairro Boa Vista. O problema, que há meses tem causado forte odor e incomodado os moradores da região, por conta do despejo de esgoto no córrego, é considerado de alta complexidade.
Além da dificuldade técnica para acesso e manutenção da tubulação, sua localização complica ainda mais a situação. O interceptador passa exatamente sob as quatro faixas da principal rodovia que corta a cidade, dificultando qualquer intervenção direta sem causar impacto no trânsito.
O superintendente da Saev, Luciano Passoni, acompanhou o A Cidade em uma visita ao local. Segundo ele, o encanamento é antigo e quando houve a obra de duplicação da rodovia Euclides da Cunha, entre 2011 e 2013, a Saev não teria sido envolvida no projeto. Com o passar do tempo, todo o peso do aterro da pista, junto dos milhares de veículos que passam por ela cotidianamente, podem ter provocado o afundamento e consequentemente o entupimento da tubulação.
A tubulação em questão é responsável pelo escoamento de todo o esgoto não só do bairro Boa Vista, mas sim de um setor ainda maior da cidade que compreende desde a rua Amazonas, em direção à rua Bahia, passando pela Câmara Municipal e seguindo em direção à Avenida José Silva Melo. Todo o esgoto produzido nesta grande região da cidade passa por debaixo da rodovia Euclides da Cunha, com destino à Estação de Tratamento de Esgoto.
Uma obra tradicional para desobstruir a tubulação implicaria na interrupção total da Euclides da Cunha, sem qualquer possibilidade de desvio direto, uma vez que o trecho afetado está próximo a uma ponte e a um barranco com mais de oito metros de altura. Como alternativa, todo o fluxo de veículos teria que ser desviado para dentro do município vizinho de Valentim Gentil, utilizando a vicinal Nelson Bolotário — conhecida como “subida da morte” — e a Rodovia Péricles Bellini, o que causaria um verdadeiro caos logístico na região.
Diante da complexidade e dos riscos, a Saev optou por uma medida inovadora: a contratação de um robô para a inspeção subterrânea das tubulações. O equipamento será utilizado para mapear internamente o estado da adutora, identificando os pontos de obstrução, erosão ou outros danos estruturais. A partir desse diagnóstico preciso, será possível avaliar as alternativas técnicas para a desobstrução sem precisar abrir o solo ou paralisar o tráfego rodoviário.
“Houve o entupimento dessa tubulação bem no meio da rodovia, onde temos um aterro de mais de oito metros de profundidade. Já tentamos fazer o desentupimento com outros métodos inúmeras vezes e não foi possível. Como não sabemos se a tubulação ruiu, se a caixa de transição ruiu, ou alguma outra situação, chegamos a um ponto onde não podemos fazer nada sem saber o que está, de fato, provocando esse entupimento. Por isso vamos utilizar esse robô que vai fazer uma filmagem da rede para que, com essas imagens, possamos saber o que aconteceu para então definir como corrigir”, explicou Passoni.
O laudo gerado pela inspeção robótica será determinante para definir o próximo passo da autarquia. “Estamos falando de um problema que vai muito além de um simples entupimento. É uma questão técnica, ambiental e também de mobilidade urbana. A tecnologia está a nosso favor neste momento, para que possamos encontrar a melhor solução com o menor impacto possível para a população”, complementou o superintendente.
Dependendo da dimensão dos estragos a serem apontados pelo laudo técnico, a Saev estuda a possibilidade de utilização de uma técnica chamada de encamisamento às avessas. Na prática, essa tecnologia funciona assim: um material flexível e resistente, parecido com uma mangueira especial, é colocado dentro do cano antigo. Depois, ele é endurecido por uma reação química, formando um novo tubo dentro do antigo, totalmente renovado.
“Essa técnica não é em todos os momentos que eu consigo aplicar. Se houver o rompimento há que se fazer uma recuperação de parte da tubulação para que essa estrutura de encamisamento possa ser feita. Por isso a filmagem é essencial e necessária para sabermos que técnica utilizar. Já estamos há praticamente quatro meses em cima desse problema e as autoridades de fiscalização como a Cetesb e Ministério Público já tem ciência da dimensão desse problema”, concluiu.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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