Mesmo com promessa feita há mais de três anos obra que ligaria bairros de Votuporanga pela rodovia Péricles Belini segue sem qualquer previsão
Prometido em 2022, pontilhão que ligaria as Paineiras à “Subida da Morte” segue apenas no papel (Foto: Arquivo pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Anunciado em junho de 2022 como uma das principais promessas do Governo do Estado para Votuporanga, o pontilhão sobre a rodovia Péricles Bellini, na altura do km 125, ainda não saiu do papel. O projeto, que tem como objetivo conectar o bairro Chácara das Paineiras à estrada vicinal Nelson Bolotário (popularmente conhecida como Subida da Morte) facilitando o acesso a bairros como Chácara das Paineiras, Pacaembu e adjacências, permanece travado, mesmo após diversas declarações públicas garantindo sua realização.
Na época, o então governador Rodrigo Garcia (PSDB) afirmou que a obra já estava autorizada e que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) cuidaria da licitação. Segundo ele, o pontilhão, orçado em cerca de R$ 16 milhões, teria o projeto básico concluído e partiria para o executivo.
A estrutura de 130 metros de extensão e traçado curvo foi apresentada como uma solução definitiva para o trânsito intenso e os riscos enfrentados diariamente pelos moradores que dependem da Avenida das Nações para entrar e sair da região. Apesar da sinalização positiva por parte do governo estadual e do apoio de lideranças locais, como o prefeito Jorge Seba (PSD) e o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), o cenário atual pouco evoluiu.
Passados mais de três anos da promessa, o DER não apresentou cronograma oficial para o início das obras. Enquanto isso, mais de 4 mil famílias da região Oeste de Votuporanga continuam enfrentando congestionamentos diários, acidentes em horários de pico e limitações de mobilidade urbana. A única via de acesso permanece sendo o pontilhão da Avenida das Nações, o que tem gerado um ‘gargalo’ no trânsito.
O prefeito de Votuporanga, Jorge Seba, afirmou recentemente que esteve novamente em São Paulo cobrando avanços, mas reconheceu que o processo está em ritmo lento. “A obra foi autorizada, o projeto executivo foi licitado, mas agora dependemos do DER para dar sequência. É uma obra cara, mas muito necessária”, disse, durante seu programa Café com o Prefeito, na
Cidade FM.
A obra, considerada estratégica para o desenvolvimento urbano e a segurança viária de Votuporanga, segue em compasso de espera e é mais uma página a ser reescrita na história do município.