Franclin Duarte 
franclin@acidadevotuporanga.com.br 

Motoristas de diferentes aplicativos de transporte de Votuporanga realizaram, na tarde desta terça-feira (7), uma carreata pelas principais ruas da cidade em protesto pela morte do colega de profissão Lair Barth, de 54 anos, conhecido como “Gaúcho”. Ele morreu no dia 2 de outubro, uma semana após ter sido brutalmente agredido em um posto de combustíveis localizado na avenida Deputado Âureo Ferreira, na zona Norte do município.

O ato, organizado por grupos de motoristas por meio de redes sociais, teve como objetivo cobrar justiça e a prisão dos agressores. Os participantes circularam por várias vias da cidade com balões pretos presos aos retrovisores e realizaram um buzinaço em frente a pontos movimentados.

Segundo relatos de colegas, Lair era um profissional conhecido entre os motoristas de aplicativo e mantinha boa relação com os passageiros. O protesto, segundo eles, foi uma forma de homenagear o colega e pressionar as autoridades pela prisão dos envolvidos.

De acordo com informações apuradas pelo A Cidade, os dois suspeitos envolvidos nas agressões foram identificados e autuados, mas ainda respondem ao processo em liberdade. O caso segue sob investigação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga.

O caso 

Lair Barth morreu, uma semana depois da agressão. O caso ganhou repercussão regional, já que as cenas de violência foram gravadas por pessoas que acompanharam a confusão, e se espalharam pelas redes sociais.  

Na filmagem é possível ver quando o homem foi atingido por um tapa no rosto dado por uma mulher. Em resposta, ele joga o conteúdo de um copo, possivelmente cerveja, no rosto dela. 

Durante a discussão, um jovem se aproximou rapidamente e desferiu uma forte cotovelada na cabeça da vítima, que caiu desacordada ao lado de uma bomba de combustível. Já no chão, o motorista ainda foi atingido por um chute de outro agressor.

O A Cidade apurou que o homem que desferiu a cotovelada na vítima é filho da mulher que foi atingida pela bebida. Em depoimento à polícia, o acusado afirmou que a confusão teria começado após Lair entrar no banheiro feminino. A mãe do agressor e uma amiga, então, o seguiram até o pátio do posto para tirar satisfação e, a partir daquele momento, houve o que todos já viram nos vídeos que circulam pelas redes sociais. 

O autor da cotovelada e o outro rapaz, que desferiu o chute no homem quando ele já estava no chão desacordado, foram autuados inicialmente por lesão corporal seguida de morte. O caso é investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, que ainda aguarda laudos periciais complementares e deve definir se o enquadramento será alterado para homicídio doloso (quando há intenção de matar) ou mantido como crime culposo.
A Polícia Civil também analisa novas imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas para esclarecer a sequência exata dos fatos.