Na primeira partida realizada no Uruguai, o Peixe não passou de um empate sem gols
Da Redação
No último treino antes da final da Taça Libertadores, marcada para as 21h50 de hoje, no Pacaembu, contra o Peñarol, chamou a atenção uma reunião promovida pelo técnico Muricy Ramalho no campo do CT Rei Pelé. Entre 12 jogadores de linha, ele orientava o time para jogadas de bola parada. Na coletiva de imprensa, pouco depois da atividade, Muricy comentou sobre o assunto. E evitou “cravar” as escalações de Ganso e Léo no time.
"O Ganso está treinando bem, não sente nada quando mexe com bola, que era o que mais nos preocupava. Pode faltar ritmo de jogo e condição física ideal, mas se nada acontecer até amanhã, deve jogar", afirmou o treinador santista, lembrando que o meia ficou mais de um mês e meio fora do time por conta de um problema na coxa direita. A atividade especial, antes do rachão, levou cerca de 15 minutos. No treino, a jogada mais ensaiada era a de bolas alçadas contra a defesa santista. Na reunião no gramado, além de Léo - recuperado de um problema no tornozelo esquerdo - e Ganso, que devem voltar ao time, Muricy chamou Alex Sandro e Pará. Caso os dois primeiros não possam atuar, seus suplentes estarão preparados para a disputa, explicou o treinador.
"Queria posicionar a bola parada. Eu não sei trocar os jogadores sem treiná-los. Por isso chamei o Alex Sandro e o Pará para o trabalho de posicionamento. Se os outros dois não jogarem, eles já sabem o posicionamento".
Precisando vencer para ficar com o tricampeonato da Libertadores, o Santos deve jogar com o que tem de melhor à disposição. Com um problema na coxa direita, Jonathan é o único que segue fora da equipe. Edu Dracena, suspenso no 0 a 0 no Centenário, retorna ao time. Assim, o Peixe deve entrar em campo com: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca, Elano e Ganso; Neymar e Zé Eduardo.
Aguirre
Uma decisão da Taça Libertadores não chega a ser novidade para o técnico Diego Aguirre, do Peñarol. Autor do gol que deu o título ao time uruguaio em 1987 - a quinta do clube na competição continental - , o ex-atacante se lembra com ternura daquelas decisões com o América de Cali-COL. Mas sabe que agora, aos 45 anos, carrega uma responsabilidade muito maior para o jogo de hoje.
"A responsabilidade é diferente. Como jogador você não tem ideia do que está em jogo, pois é muito jovem. Agora, como treinador, é muito grande. De uma forma ou de outra, são duas chances incríveis - disse Aguirre ao Globoesporte.com, um dia depois do 0 a 0 com o Peixe no Centenário, na semana passada.
"Como técnico é mais pressão. Mas é uma pressão boa, pois é pela glória. É
impossível eu ser decisivo como em 1987. Mas tento fazer o melhor para o time",
emendou.