Em jogo truncado e com time remontado às pressas devido a problemas de indisciplina
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O empate em 0 a 0 contra o Fernandópolis Futebol Clube no último domingo, válido pela 11ª rodada do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, foi comemorado como uma vitória pelos jogadores e comissão técnica do Clube Atlético Votuporanguense. Isso devido às dificuldades frente a qualidade da equipe adversária e pela raça e determinação mostrada pelos alvinegros, que entraram em campo tendo que superar o desfalque de três importantes titulares, barrados por indisciplina às vésperas da partida.
O Fer-Vo, atraiu ao Estádio Claudio Rodante em Fernandópolis o expressivo público de 2028 pagantes, que gerou uma renda na bilheteria de pouco mais de R$17 mil. Nas arquibancadas, as duas torcidas fizeram a festa, o que justifica a fama do clássico como um dos maiores do interior paulista.
Nos bastidores, a Alvinegra teve uma verdadeira turbulência que derrubou por terra todo o trabalho da comissão técnica durante a semana. A pretensão do técnico Carlos Rossi em entrar para o jogo com três atacantes foi desfeita pelos inoportunos desfalques do atacante Thauan, do volante Lucas e do lateral esquerdo Uélison.
Segundo a diretoria, contrariando as regras, o trio abandonou o grupo e deixou a
concentração, indo para a noite na sexta-feira, fato que resultou no afastamento deles. Dessa forma, a Votuporanguense entrou a campo com quatro jogadores que não vinham atuando. Entre eles, foi promovida a estreia do atacante Walker, para jogar na velocidade invertendo com Pará. "Perdemos três jogadores muito importantes, mas não abrimos mão da disciplina. Não passamos a mão na cabeça de ninguém. Eu afastei os jogadores e a diretoria concordou. O CAV está aprendendo a ser um time profissional", manifestou-se o treinador Carlos Rossi.
Com as mudanças, o time de Votuporanga foi a campo com Cairo no gol, Manjinha na lateral direita e Mandagua na esquerda, Pedro e Rufino na zaga, Carioca, Pedrinho, Natan e Pará no meio campo e Carlos Henrique e Walker no ataque. Com relação ao 0 a 0 e diante dos contratempos, o treinador avaliou de maneira positiva o resultado. "Foram várias situações novas e houve muito empenho daqueles que entraram em campo. Quem acompanhou os treinamentos da semana viu que o que trabalhamos apontava para que eu escalasse um time com três atacantes, o que não foi possível. O Pará, por exemplo, atuou numa posição em que ele não havia treinado. O Walker estreou bem e fez o papel dele. Enfim, acredito que o empate foi um resultado valioso diante das dificuldades", comentou o técnico do CAV.