Da Redação
Felipão pediu Richarlyson em troca por Pierre. O Atlético-MG ficou de estudar. Mas a possibilidade de contratação do ex-são-paulino gerou reações internas no clube contra a diretoria do Palmeiras. Arnaldo Tirone afirmou a conselheiros, sócios e torcedores que o atleta não virá.
Em confraternização de fim de ano em uma pizzaria próxima ao Palestra Itália, na noite de terça, o presidente do Verdão foi duramente cobrado para não avançar no negócio. O dirigente também recebeu ligações contra a contratação. Alguns membros da Mancha Alviverde sentaram na mesa com Tirone, que respondeu a todos que não acertará com Richarlyson. O vice-presidente Roberto Frizzo seguiu a mesma linha. O último acha que não há clima para o atleta no clube.
Em 2005, o volante chegou a realizar exames médicos no Palmeiras e, na última hora, optou pelo São Paulo. O então diretor de futebol Salvador Hugo Palaia fez ironia contra o jogador, o chamando apenas pelo sobrenome: "é um Felisbino". Em 2007, o ex-diretor José Cyrillo Júnior deu a entender que o volante é homessexual, ao vivo, programa de TV. Richarlyson chegou a mover processo, que acabou arquivado, contra o ex-palmeirense.
Luiz Felipe Scolari gosta do atleta. Na primeira negociação com o Galo, que deseja continuar com Pierre, o técnico pediu Neto Berola, Bernard e Richarlyson. O Atlético-MG não aceitou e ofereceu Rafael Cruz e Ricardo Bueno, proposta recusada pela Verdão. A simples troca de Ricky por Pierre, agora, já agradaria ao técnico. A comissão técnica mineira, porém, gosta muito do ex-são-paulino e vê no jogador uma peça-chave para 2012.
Júlio Fressato, empresário de Richarlyson, diz que qualquer decisão sobre o futuro do volante depende do Galo. Ele nega ter iniciado qualquer negociação com a diretoria do Palmeiras.
Pierre já está decidido: não quer voltar ao Verdão. A diretoria busca uma solução com a cúpula mineira. Se Tirone decidir avançar em uma troca por Ricky, o presidente está ciente de que sofrerá forte pressão. Na noite de terça, ele foi enfático, aos ouvidos de muitos, que não fará negócio.