Nem só de resultados vive um treinador. Na tarde desta segunda-feira, a
diretoria do Clube Atlético Votuporanguense decidiu por dispensar o técnico
Rogério Ferreira Pinto, o China, por suas declarações após os jogos contra o União
São João, na quarta-feira passada, em Araras, e contra o Sertãozinho, no último
domingo, no estádio Plínio Marin.
O treinador deixa a equipe com um
aproveitamento de 71% em toda sua trajetória na equipe, além do título da
Segunda Divisão Paulista. Foram 114 pontos disputados e 81 ganhos. Ao total, China comandou a equipe em 38 jogos
(31 na Segundona e sete na A3), ganhou 24 partidas, empatou nove e perdeu
apenas cinco.
Mesmo com um histórico tão favorável , o treinador não
resistiu ao cargo após uma entrevista polêmica para a Rádio Cidade, em que cobrou seus jogadores e a direção do clube,
após o jogo de domingo. Durante a
entrevista China usou frases como “alguns jogadores precisam ter culhão para
jogar na Votuporanguense”.
A atitude acabou desagradando a diretoria do clube,
que decidiu por sua saída. Após a reunião,
o técnico falou com a reportagem do Jornal
A Cidade e contou os detalhes de seu desligamento com o clube. Falou sobre
as dificuldades de se trabalhar no CAV e episódios desde a montagem do clube.
Autêntico como sempre, por fim, disse que não se arrepende do que falou após o
jogo, e ainda acredita que o clube pode sim chegar na A2 caso mude o pensamento.
Bate-Bola com China:
A Cidade: Como você vê essa saída da Votuporanguense?
China: De certa forma triste, eu esperava uma grande campanha, mas
o desgaste dentro do clube acabou sendo maior.
Na verdade vem desde o final da Segunda Divisão até esses três meses com
a equipe na A3. Na Segunda Divisão as equipes são muito amadoras, na A3 é
diferente, é preciso mudar a postura e profissionalizar o clube.
Confira a entrevista completa com o técnico China nas páginas do jornal A Cidade desta terça-feira.