Da Redação
Neymar é o principal centro de atenções da seleção brasileira. Não tem como ser diferente. Até pelo que o craque representa. Mas o técnico Luiz Felipe Scolari não quer colocar responsabilidade demais sobre os ombros do jovem atacante. Pelo contrário. O comandante quer protegê-lo e deixá-lo livre de pressão.
"Ele tem a mesma responsabilidade do Fred, do Julio César, do Luiz Gustavo, do Paulinho. Ele é igual aos outros. Não vai jogar com 11 camisas no corpo. Ele joga com uma camisa e faz parte de um grupo. Quanto mais ele for jogador de equipe, muito melhor ele vai ser. Não tenho nada a cobrar do Neymar", disse o treinador.
A pressão sobre Neymar, no entanto, existe. E não é pequena. Além de não apresentar na seleção brasileira o mesmo futebol da época de Santos, o jogador está há nove jogos sem balançar as redes. Muito tempo para um atacante. Ainda mais como ele, acostumado a ser artilheiro. "Eu recebi um jogador do Corinthians, outro do Lazio, outro do São Paulo... E eu vejo que as pessoas dizem que eles têm de jogar como no clube. E aí eu vou jogar com 11 esquemas no mesmo time? Eu tenho de adaptá-los ao sistema normal, de um técnico de Seleção. O clube tem sistema diferente", acrescentou Felipão.
Sobre Neymar, o técnico verde e amarelo ainda acrescentou que o jejum de gols pouco importa para ele e também para o jogador do Barcelona. "Ele não tem feito gol, porque muitas vezes ele não está preocupado em fazer gol. Eu tenho de tirar do Neymar essa pressão de que ele precisa fazer gol. Ele não tem de fazer gol toda hora. Ele tem de ser útil à Seleção, sendo importante para equipe. Se assim for, vamos ter um grande jogador", avaliou o treinador. Ele é igual aos outros. Não vai jogar com 11 camisas no corpo. Ele joga com uma camisa e faz parte de um grupo. Quanto mais ele for jogador de equipe, muito melhor ele vai ser".
Felipão, sobre Neymar
Questionado várias vezes sobre a qualidade do time brasileiro durante essa preparação para a Copa das Confederações, Felipão chegou a interromper uma questão sobre o time para defender os seus comandados. "Nós só não temos respeito aqui dentro do Brasil, porque todos que vêm de fora respeitam, e muito, a seleção brasileira. Mas aqui sempre estamos passando a ideia de que o time é ruim", reclamou o técnico da Seleção.