Diretor Mineiro disse que quer passar gestão do futebol profissional para empresários e que novidades devem acontecer até setembro
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Quem comanda o futebol profissional de Votuporanga já trabalha para tranquilizar o torcedor sobre a dúvida que sempre aparece entre o fim de uma competição e o início de outra: "vai ter Votuporanguense no ano que vem"?. Se depender do prefeito Junior Marão, por meio do diretor José Ricardo Rodrigues, a resposta é que sim. Mas muita coisa precisa ser definida.
Em entrevista na última quinta-feira, no programa "Bola em jogo", da Rádio Cidade, Mineiro afirmou que reuniões com o dono do CAV, o angolano Ismael Diogo da Silva, serão realizadas para definir a forma da parceria em 2014, e uma possível compra por parte dos Votuporanguenses. Em qualquer um dos cenários, o clube está a procura de uma empresa que toque a gestão do futebol profissional. Dessa forma, Mineiro, hoje como diretor financeiro e principal cabeça do CAV, poderia deixar a liderança.
"Estamos correndo atrás. Tínhamos uma reunião com o Ismael, mas ele cancelou. Outra ficou agendada para o mês de julho. Hoje o mentor de tudo é o prefeito Junior Marão, que é o grande incentivador do futebol. Temos uma proposta financeira para comprar o clube, ou até 50%. Mas nós temos limites. Na última vez, ele (Ismael) pediu um absurdo", disse Mineiro, que na próxima conversa, pretende utilizar como base uma negociação feita recentemente, da filiação do Sãocarlense, onde o preço base negociado ficou em torno de R$500 mil, para fazer nova proposta ao angolano. Mineiro disse que a atual parceria dificulta os trabalhos, e que em 2014, o futebol precisa ser administrado de forma mais independente, já que hoje, todos os papeis que dizem respeito ao CAV, são assinados em São Paulo, pelo advogado e presidente do Clube, Carlos Alberto, e depois enviados para Votuporanga.
Mineiro disse também que futebol não se toca só com boa vontade. "Nesse ano, nosso gasto foi em torno de R$150 mil mensais". Ele disse também que as preocupação dos torcedores serão retiradas, conforme as conversas entre diretoria de Votuporanga e empresa angolana forem avançando. "Quem conhece o Juninho, sabe que futebol vai ter. O que queremos é tentar passar a gestão do futebol profissional para uma empresa", afirmou.
Com relação ao Estádio Plínio Marin, que foi vendido e deve ser entregue ao comprador, Mineiro afirmou que tudo será conversado, que as partes envolvidas são parceiras, e que se por acaso o novo estádio não estiver pronto à tempo (o Campeonato da A3 2014 deve começar em janeiro), o antigo poderá ser até alugado para os jogos do CAV.
Dívidas
"A Votuporanguense não está cheia de dívidas. Dos 34 jogadores, apenas 10 têm a rescisão para receber. Entre eles, está o Romário, o Cairo, que no momento, estão atuando e não estão preocupados com essa rescisão. Já a comissão técnica, composta pelo Magalhães (supervisor de futebol), pelo Paulinho (roupeiro), treinador, fisioterapeuta, auxiliar técnico, e cozinheiras, que são sete ou oito, foi feita a dispensa, tem apenas Fundo de Garantia para receber. Já está sendo recolhido agora e será pago. Hoje, o débito do CAV é R$11 mil, que será pago pela verba dos patrocinadores. A Votuporanguense está muito tranquila. Fora disso, é boato para atrapalhar", disse Mineiro, questionado sobre a situação financeira da Alvinegra.
Sobre possíveis questionamentos, ele foi duro e disse que quem se sentir prejudicado, que entre com ação judicial. "Quem achar que tem direito de receber algum dinheiro, que entre na Justiça contra o CAV. Não somos contra isso, desde que a pessoa tenha direito. O quer eu fiz como diretor foi tentar honrar todos os compromissos. A estrutura que temos hoje, é uma das melhores da região. Hoje a dívida do CAV está muito longe do que se fala", afirmou Mineiro