Jociano Garofolo

Frustração. Talvez seja essa a palavra que melhor define a atuação do Clube Atlético Votuporanguense na noite de ontem, no Estádio Plínio Marin. A Alvinegra jogou ofensiva, buscou o 1 a 0 com um golaço de Victor Palito, empolgou o torcedor, teve chances de ampliar, mas quem saiu com sorriso no rosto do gramado foi o time Botafogo de Ribeirão Preto. O placar de 1 a 1 foi conquistado pelos adversários no final do segundo tempo, com uma falha defensiva que caiu nos ombros do lateral esquerdo Wallace.

Com o resultado, a Alvinegra soma cinco jogos sem vitória. Por outro lado, o CAV brecou a equipe visitante, que chegou a Votuporanga com uma incrível campanha com 11 gols marcados e apenas um sofrido.

"Fizemos mais uma vez um grande jogo, contra uma grande equipe, mas novamente pecamos em uma falha individual. Não é a primeira vez, já foi falado, treinado. Temos que tirar as coisas positivas da partida. Teve a boa atuação do Vitor Hugo, por exemplo, menino de Votuporanga. O resultado foi um pecado", avaliou o técnico Marcelo Henrique Dias. O treinador disse que espera voltar com melhor sorte no segundo turno, e corrigir as falhas infantis.

A mesma análise teve o zagueiro Caio César. "Infelizmente, mais uma vez, deixamos escapar. Não podemos errar, temos que ficar concentrados os 90 minutos", afirmou. O lateral Manjinha também mostrou indignação com o resultado e pediu mais apoio da torcida. "Mais um erro individual. O negócio é levantar a cabeça. Temos que jogar por nós mesmos, já que mesmo ganhando, a torcida xinga. Temos que jogar pela gente. Estamos a cinco jogos sem ganhar".

O jogo

A Votuporanguense iniciou a partida mostrando que a noite seria diferente. Que apresentaria um bom futebol, como em jogos anteriores, mas dessa vez levando na conta um resultado positivo. O CAV começou impondo pressão na marcação, assustando a equipe de Ribeirão.

Já de cara, em lance bem trabalhado, Aílton, o Itu, tentou o chute. Na sobra, Palito chutou, mas a bola foi para fora pelo canto esquerdo. A fome de gol do CAV logo deu resultado, aos nove minutos. De cabeça, Anderson Cavalo estufou a rede do goleiro João Lucas, mas a arbitragem anulou por impedimento.

Aos 12 minutos, em bela jogada de Palito, Bahia ficou na cara do gol. Na hora de chutar, decidiu dar um último corte e perdeu a posse da bola. Ainda assim, cortou o lance, mas desperdiçou a oportunidade. Aos 25 minutos, o Botafogo respondeu. Em uma jogada bem trabalhada, Carlão ficou na cara de Cairo, que fechou o ângulo e com os pés, fez um de seus famosos milagres.

Dois minutos depois, foi a vez de João Lucas se consagrar, em um chute de fora da área de Manjinha. Aos 32, em um lance polêmico, Caio César levou cartão após cair na área. Cinco minutos depois, foi a vez de Carlão do Botafogo, também gritar pênalti e ser advertido pela arbitragem.

Aos 45 minutos, o gol do CAV. Em um lance grotesco, o lateral direito do time de Ribeirão cruzou, de costas a bola para a própria área. A bola cruzou a linha de ataque, foi tocada de cabeça e sobrou para Victor Palito, que acertou um belo chute, no ângulo, um golaço. Fim de primeiro tempo, euforia nas arquibancadas.

2º tempo

Na etapa final, o alto nível técnico deu lugar a um jogo estudado. O Botafogo, como não podia ser diferente, tentou impor pressão para buscar o resultado. Já o CAV mostrou firmeza com sua dupla de zaga, e apostava nos contra-ataques para ampliar. E já aos 6 minutos, Bahia teve a chance em lançamento veloz, mas chutou para fora.

O tempo passou dessa forma, com a Alvinegra se segurando, até que, quando tudo se encaminhava para uma vitória, o desastre aconteceu. Em uma bobeira da zaga, a bola acabou entregue "de bandeja" para os adversários, e aos 45 minutos, Vitinho, empatou.

Com o empate, o CAV, que não vence a cinco partidas, continua na quinta colocação com seis pontos ganhos. Por outro lado, a Pantera e Ribeirão, mantém intacta sua invencibilidade e segue na liderança com 11 pontos. Na próxima rodada, a Votuporanguense volta a campo somente no dia 23 de agosto, às 16h, atuando em Ribeirão Preto, contra o Comercial.