"Temos a convicção de que a questão da intolerância religiosa cresce no mundo. Estamos acompanhando atos terroristas com base na religião. Aqui no Brasil já tivemos fatos lamentáveis de intolerância, envolvendo religiões de matriz africana, e também casos lamentáveis, envolvendo evangélicos e católicos", lembrou a ministra.
Desde 2011, o Disque 100 recebe denúncias de discriminação religiosa e, em 2014, registrou 149 reclamações pertinentes no país. Mais de um quarto (26,17%) no estado do Rio de Janeiro, e 19,46% em São Paulo. O total caiu em relação a 2013, quando foram registradas 228 denúncias.
"Os dados do Disque 100 são indicadores, mas não podem ser confundidos com o quadro real da existência ou não da violência e do preconceito", ressaltou a ministra. De acordo com Ideli, a SDH deve incluir a questão no Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos, para que haja dados efetivos da intolerância religiosa no Brasil. Ainda não há prazo definido para que isso ocorra.
Hoje (21) é celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído pela Lei 11.635/2007. A data tem o objetivo de combater atitudes discriminatórias e prestar homenagem à iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, que morreu de infarto após ser agredida por adeptos de outra religião.