Karolline Bianconi
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O Brasil perdeu na última quarta-feira um dos nomes mais influentes na arquitetura moderna. Oscar Niemeyer se foi, deixando pelo país milhares de admiradores. E em Votuporanga, não seria diferente. Arquitetos de destaque falam sobre o trabalho do “homem das curvas”, e a influência que tiveram em suas carreiras.
Niemeyer imortal
Na opinião da arquiteta Valéria Parminondi, as obras de Niemeyer possuem grande representatividade para o Brasil, sendo eternas. “Por que as obras de Machado de Assis ainda são tão cobradas em vestibular, e alguns quadros de arte adquirem valores tão altos? A resposta é simples: a verdadeira arte e seu artista são imortais, não há moda para certos ícones”, diz.
Questionada se em Votuporanga possa existir uma obra arquitetônica que lembre o trabalho de Niemeyer, Valéria respondeu que são características muito particulares, apenas o estilo de época (modernismo) é que às vezes se assemelha.
A profissional conta como o arquiteto a inspirou. “Lendo sobre Niemeyer e assistindo ao documentário mais polêmico de sua carreira, “A vida é um sopro”, tive a certeza, em relação à minha carreira de engenheira civil e agora concluindo arquitetura, de que para um projeto ser bem reconhecido, deve existir um conceito e um partido para o que está sendo criado, ou seja, algo que justifique cada traço”.
Para ela, o profissional será eterno. “Perdemos a pessoa física Oscar Niemeyer, mas novamente faço uma comparação com outro artista: Elvis Presley. Será que realmente morreu? Alguns seres são imortais pelas suas criações divinas”, disse.
Para Seba, personalidade é um dos maiores gênios do século 20
O arquiteto e Secretário de Desenvolvimento Urbano, da Prefeitura de Votuporanga, Jorge Seba, considera que os traços de Niemeyer valem para qualquer época. “São inconfundíveis, únicos e marcarão a arquitetura mundial para sempre”.
Ele diz que o profissional de renome internacional o inspirou na busca incessante da forma aliada à função. “Creio que Oscar Niemeyer é um dos maiores gênios do século 20, que perpetuou seu nome na arquitetura e na arte de projetar”, encerrou.