Servidores dos Correios caminham por ruas da área central do município buscando apoio para a greve e em protesto por melhorias
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Aproximadamente 35 carteiros da região estiveram em Votuporanga na manhã de ontem para uma mobilização. Com saída da frente da agência localizada na rua Tocantins, eles caminharam pela área central da cidade. Os trabalhadores dos Correios estão de greve desde o dia 30 de janeiro em virtude das mudanças do Plano Médico e Odontológico.
De acordo com Sérgio Luiz Pimenta, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos de São José do Rio Preto e região, são aproximadamente 200 trabalhadores parados na região. Em Votuporanga, em média 19, dos 24 carteiros. Ele contou que a empresa tem chamado funcionários de outras cidades para manter o serviço.
“A mobilização que fazemos é para explicar para a população as razões de nossa greve e também tentar maior adesão dos funcionários ao movimento”, contou Pimenta.
Ele ressaltou que esta greve não é uma campanha salarial, é uma ação atípica, realizada no mês de janeiro, com a intenção de manter a gestão do plano de saúde com os Correios.
“Os Correios tentam mudar a gestão o Plano médico e Odontológico, descumprindo a cláusula 11 do acordo coletivo de trabalho vigente, homologado pelo TST. Lembramos que nosso Plano de Saúde foi nosso melhor benefício conquistado através de muita luta. Vamos continuar firmes nessa greve, porque, infelizmente, é só através dela que conseguiremos barrar as investidas”.
Pimenta disse ainda que a categoria luta pela inversão do horário de trabalho dos carteiros. “Hoje, eles fazem os serviços internos no período da manhã e saem para entrega à tarde. Queremos que fiquem na empresa à tarde e entreguem as correspondências no matutino, devido as altas temperaturas”, destacou.
De acordo com Pimenta, de 80 a 90% dos grevistas são carteiros. “Eles lutam por melhorias a todos os funcionários dos Correios”, finalizou.
Outros municípios onde há greve são São José do Rio Preto, Olímpia, Mirassol, Tanabi e Bady Bassitt.
Esclarecimento sobre o plano CorreiosSaúde
Os Correios afirmam que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde. Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais.
A Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas — o pagamento dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.
A empresa está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto: todas as regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 do Acordo Coletivo de Trabalho estão mantidas.