Carlos Roberto Romero e Anísio Gracia querem preço melhor
Karolline Bianconi
Os taxistas não estão satisfeitos com a implantação dos taxímetros, no qual regularizou a cobrança pelo serviço. Para eles, até pode ser válida a intenção de dinamizar o trabalho com uma tabela fixa na cobrança, mas os valores devem ser revistos.
Carlos Roberto Romero contou que tem um prejuízo mensal de 40%. “Gasto mais e ganho menos, porque a cidade não tem quilômetro para rodar. Na verdade, estamos trabalhando mais barato que mototaxista: carregamos malas, podemos levar quatro passageiros e o valor é mais em conta”, falou.
Ele exemplificou que da rodoviária, onde ele tem o ponto, até a praça matriz (região central), a na bandeira 1 (horário comercial), o valor a ser pago é de R$ 11,20; já na 2 (finais de semana, feriados e das 18h às 6h), o valor passa a R$ 11,80. ”Está difícil trabalhar assim, nem adianta fazer greve, é a lei”.
Anísio Gracia tem 27 anos de profissão e disse que com o taxímetro implantado, não se pensou em valorizar a classe. “Temos muito gasto para pouco retorno”, destacou.
Carnaval
Enquanto que em anos anteriores os taxistas tinham o valor a ser cobrado regularizado pela Prefeitura, no Carnaval deste ano os taxistas não estão animados para trabalhar. É que eles temem que o local a ser percorrido também não traga lucro. “Enquanto que as corridas custavam R$ 25, hoje, com o taxímetro, a tendência é baixar. Para levar alguém do Oba! ao Firenze, por exemplo, estará previsto algo em torno de R$ 7. Meus colegas taxistas não estão animados em trabalhar neste Carnaval”, disse.