Vereador cobra orçamento participativo; contador Deosdete Vechiato acredita que é preciso investir em educação fiscal
Andressa Aoki
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A audiência para discutir o PPA (Plano Plurianual) e as mudanças na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) foi realizada na última quinta-feira, na Câmara Municipal. A falta de público e dos vereadores chamou a atenção. Estavam presentes apenas os legisladores Jurandir Benedito da Silva, o Jura, e Douglas Lisboa. Menos de 15 munícipes participaram do ato.
Emendas
O vereador Jura cobrou como andam as 18 emendas propostas pelo Movimento pela Participação Popular no PPA. Entre os anseios, acréscimo à manutenção do Corpo de Bombeiros; tratamento de dependência química; saúde da mulher e planejamento familiar; e aumento de castrações.
Deosdete Vechiato, contador do município, apontou em quais Secretarias Municipais os projetos estão em andamento. O representante do grupo, André Navarro, sugeriu que as titulares das pastas apresentem os trabalhos oriundos das emendas em audiências públicas.
Para Jura, o Movimento pela Participação Popular no PPA foi um avanço. “Pela primeira vez, conseguimos elaborar propostas concretas. Leve para o Poder Executivo no sentido de elaborar o orçamento do ano que vem. Poderia dividir a cidade em cinco setores e discutir em cada ponto. Orçamento participativo não é vir na Câmara, não adianta vir aqui (Casa de Leis) se a população está no Colinas e adjacências”, disse.
O contador ressaltou que é importante investir na educação fiscal em escolas, para incentivar a participação popular em audiências.
Pagamento de servidores
Questionado por uma servidora da Prefeitura, Deosdete ressaltou que o Poder Executivo está reservando uma quantia diária para a folha de pagamento. “Eu tenho esperança de não ter problema com folha de pagamento. Fechamos as torneiras, mas o dinheiro é reservado diariamente. No último dia de cada mês, recebemos uma parcela da FPM (Fundo de Participação do Município), que colabora com o pagamento dos servidores públicos. A gente tem procurado fazer a melhor maneira possível, para o dinheiro estar na conta no final do mês”, explicou. Para o próximo ano, a previsão é de que o aumento do salário do trabalhador municipal seja dentro do índice inflacionário, de 5%.