Dentre as 22 obras que serão entregues no calendário de 77 anos de Votuporanga, o Poupatempo é considerado a mais emblemática pelo prefeito Junior Marão. O órgão será sediado no antigo prédio do Mercadão e inaugurado no dia 8 de setembro.
Em entrevista à Rádio Cidade, Marão ressaltou que o Mercadão era um local privado e que a desapropriação do espaço foi muito difícil. “O vice-prefeito Waldecy Bortoloti ajudou muito neste aspecto. Conseguimos comprar os boxes dos empresários e, no momento seguinte, faremos o Centro de Inovação Tecnológica, ao lado. São dois prédios, um ficou pronto, o que sediará o Poupatempo, e outro iremos fazer depois das eleições. Não é permitido abrir processo de licitação agora por conta do momento político”, disse. Segundo o prefeito, 21 pessoas irão trabalhar no órgão.
Festival literário x Expô/Fisav
O prefeito falou também sobre o sucesso do Fliv (Festival Literário de Votuporanga) e sobre a realização do festival no próximo ano. “O evento caiu no agrado do votuporanguense tanto pelo aspecto literário, quanto pelos shows e atrações, no aniversário da cidade. Acredito que é o formato que devemos seguir daqui pra frente. Mas ainda não está nada definido”, disse.
Marão ressaltou que o modelo de festa de peão está desgastado. “Cidades da região, do interior de São Paulo que realizam eventos deste tipo, tomam prejuízo grande. Até mesmo Barretos, o prefeito Guilherme Ávila, que esteve em Votuporanga recentemente, me disse informalmente que a quantidade de turistas neste ano é menor do que em anos anteriores. A Expô/Fisav de 2013 teve perda, independente do local. Precisamos rever o formato da festa”, destacou.
Ele ressaltou que a finalidade do Fliv é nobre. “Você estimula a leitura. A literatura é uma das manifestações culturais mais sublimes e temos um dos melhores festivais com grandes nomes deste universo e com shows de excelente qualidade gratuitos. Tivemos samba, rock, sertanejo. Podemos incrementar ainda mais para ter um grande evento literário”, complementou.
Sobre a Expô, o prefeito disse que Votuporanga merece uma festa de peão, de apenas quatro dias e que não esteja no calendário de aniversário da cidade. “Os projetos para o Centro de Eventos devem ficar prontos no mês de setembro. Tenho compromisso de, no final do mandato, entregar uma estrutura melhor”, enfatizou.
Loteamento popular
O prefeito Junior Marão comentou ainda sobre a sugestão dos vereadores para que o município faça o loteamento popular. A proposta é que o Poder Executivo compre áreas, urbanize e venda por preço mais barato. “Na minha visão, essa não é uma sugestão tão inteligente, a Prefeitura de Votuporanga é a única dessa região toda que faz investimento para compra de área de casas, porque se a administração municipal não fizesse, dificilmente teriam mais unidades, porque as glebas de área urbana são caras. O que custa muito é a compra do terreno. As residências, nós temos de graça através dos programas “Minha Casa, Minha Vida” e CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). O mutuário paga parcela muito baixa, mais baixa do que se o morador ganhasse terreno popular. Também se fizéssemos loteamento popular, também teríamos que fazer o sorteio de lote. Os votuporanguenses irão desbancar R$300 em parcela de área, sendo que se a pessoa ganha um salário mínimo, ela paga R$25 por 10 anos. Você ganha essa casa praticamente”, destacou.
Casas do Residencial Boa Vista
O chefe do Poder Executivo, Junior Marão, também falou sobre o sorteio dos endereços dos contemplados das 330 casas do Boa Vista, que irá acontecer no dia 22, no Ginásio Jane Maria de Lacerda Soares, o CSU. Ele ressaltou que naquele dia os mutuários irão saber quais serão suas unidades e suas quadras de localização.
Ainda sobre o Boa Vista, o prefeito avisou que a entrega das residências será adiada. “Estava prevista a entrega das chaves para o dia 5, mas só teremos a data exata no dia 22. No dia do sorteio dos endereços, diremos o dia exato. Acredito que não dê tempo no dia 5, mas na semana seguinte”, complementou.
Ele foi questionado por um ouvinte sobre a denúncia dos mutuários do Monte Verde que estão burlando a fiscalização da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Marão explicou que as regras do sorteio são da Companhia. “A Prefeitura ajuda na estrutura, não tem responsabilidade nenhuma neste aspecto”, disse.