O hospital informou que segue sem previsão para receber a remessa que foi comprada anteontem e quando receber será de forma parcial
O coordenador corporativo da Santa Casa, Angelo Jabur Bimbato, disse que o estoque é crítico (Foto: Reprodução/Vídeo)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A Santa Casa de Votuporanga está em alerta para uma possível crise de desabastecimento dos remédios fundamentais usados no combate à Covid-19. Em contato com o
A Cidade, o coordenador corporativo do hospital, Angelo Jabur Bimbato, informou que o nível já está crítico e os remédios do “kit intubação”, assim como anticoagulantes e antimicrobianos podem acabar nos próximos cinco dias.
O hospital também confirmou com exclusividade ao
A Cidade, que pediu uma remessa de medicamentos na terça-feira (13), mas por conta da falta em todo o Brasil, o lote chegará com metade dos medicamentos necessários para o uso. “Vários pedidos de compras foram efetivados e estamos aguardando a entrega, que ocorre de forma parcial e ainda sem previsão”, disse o hospital em nota.
Os medicamentos do kit são utilizados toda vez que o paciente precisa ser intubado e adaptado ao ventilador mecânico. Entre eles inclui remédios para controlar a dor, sedar o paciente e relaxar a musculatura no processo. Como a ação dessas medicações é de início quase imediato e de curta duração, aintubação acontece em sequência rápida.
“A Santa Casa de Votuporanga se encontra em níveis críticos de estoque, principalmente, nas suas medicações de kit covid, os relaxantes musculares e sedativos, mas também aos antimicrobianos e anticoagulantes, assim como todo o mercado nacional vem encontrando dificuldades na aquisição desses medicamentos”, disse AngeloJabur.
Com a alta nos números de casos e o aumento da demanda, que disponibiliza maior uso dos recursos, no município e em todo país, a Santa Casa de Votuporanga, também está com dificuldades para encontrar os remédios no mercado brasileiro.
Ainda segundo Angelo, o cenário fica cada vez mais preocupante não somente devido à escassez, mas ao equilíbrio econômico que o comércio dos medicamentos tem buscado e faz com que o aumento seja, ainda mais, progressivo.
“Quando encontramos, vemos um cenário de preços extremamente abusivos, a elevação ocorrida nos últimos meses extrapola e muito qualquer índice inflacionário existente no mercado, isso faz com que as dificuldades do enfrentamento à Covid só piorem”, concluiu.