Médico coordenador da Urgência e Emergência em Votuporanga e secretário-executivo do Comitê da Covid falou sobre o cenário
Chaudes Ferreira Júnior, médico linha de frente do enfrentamento à Covid, disse que o momento ainda não é de lockdown (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Em entrevista exclusiva ao
A Cidade, o médico coordenador da Urgência e Emergência de Votuporanga e secretário-executivo do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, Chaudes Ferreira Júnior, falou sobre o atual cenário da pandemia no município e cobrou mais colaboração da população em relação às aglomerações. Segundo ele, o momento ainda não é de lockdown, mas a situação é muito preocupante.
De acordo com Chaudes, um dos principais nomes do enfrentamento ao vírus na cidade, a curva de contágio está subindo, e o sistema de saúde no município está chegando ao seu limite.
“Nós do comitê e todos os médicos do enfrentamento à Covid, junto com as instituições, Santa Casa, município e Casa da Saúde, estamos realmente muito preocupados devido ao crescimento dos novos casos positivos, a curva realmente está subindo, cada dia mais pessoas contaminadas e as internações no hospital também vêm subindo gradativamente e com isso atingimos, não é segredo pra ninguém, a capacidade máxima da Santa Casa, estamos com uma capacidade pequena de leitos vazios no Hospital de Campanha e na UPA mantendo em média de oito a doze pacientes todo o dia”, alertou o profissional de saúde.
O médico disse ainda que, na sua visão, ainda não é possível classificar o aumento de casoscomo terceira onda, que ainda está por vir.
“Aparentemente vai ter sim uma terceira onda, mas no momento, na minha opinião, estamos vivendo um repique da segunda onda.Isso é normal por conta da flexibilização que foi mantida e também nos deixa muito triste porque a população não vem ajudando em termos de aglomeração e isso está tendo uma ação muito negativa no controle da doença”, completou.
Por fim, dr. Chaudes reforçou o que foi dito ontem pela secretária de Saúde, Ivonete Félix, de que o momento ainda não é de lockdown, mas sim de conscientização e fiscalização.
“O objetivo não é lockdown no momento, é realmente pedir a ajuda da população, sensibilizar a todos, que possam realmente nos ajudar, evitando aglomerações desnecessárias, realmente usando máscaras 100% fora de suas residências e mantendo sempre a higienização”, concluiu.