Se março foi um mês para esquecer, quando 90 pessoas perderam suas vidas para a Covid-19, junho não terminou muito diferente
Votuporanga perdeu 65 moradores para a Covid-19 nos últimos 30 dias, esse é o segundo mês com mais mortes da pandemia (Foto: Arquivo pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O balanço dos casos e mortes por Covid-19 no mês de junho foi tão trágico quanto o de março, que é tido até então como o pior mês da pandemia em Votuporanga. Dados do Departamento de Vigilância em Saúde do município revelam que, nos últimos 30 dias, 65 pessoas perderam suas vidas para o coronavírus.
Dentre as vítimas estão pessoas de todas as idades, como o padre da Paróquia São Benedito e Nossa Senhora de Fátima de Votuporanga, Joaquim Tadeu Ferraz, que tinha 62 anos, o jornalista e cinegrafista da TV Unifev, Marcelo Piacerne, de 52 anos, e a comerciária Dablia Fernanda, que trabalhava no Marcelo Supermercado, de apenas 30 anos.
Os mesmos dados revelam, porém, que a ampliação da vacinação tem surtido efeito. Isso porque no mês de março 1.973 pessoas contraíram o vírus e 90 delas não resistiram, ou seja, 4,5% dos infectados morreram. Já em junho foram registrados 2.271 casos de coronavírus e 65 mortes, o que corresponde a uma letalidade de 2,8%. Em resumo, os casos positivos aumentaram, mas as mortes diminuíram.
A vacinação tem papel preponderante na queda dos óbitos, mas não é o único fator. Em março, mais da metade dos que morreram estavam na fila, à espera de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Agora, os doentes encontraram suporte no Hospital de Campanha que, de abril até agora, já atendeu mais de 200 votuporanguenses.