Pedro Spadoni
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Quem já tomou a primeira dose da vacina contra Covid-19 fabricada pela Pfizer vai poder receber a segunda antes do esperado. Isso porque a Prefeitura de Votuporanga, seguindo a determinação do governo estadual, reduziu o intervalo entre as doses para 56 dias, isto é, oito semanas. Até então, o prazo para a segunda aplicação era de 12 semanas. O novo intervalo passa a valer a partir desta sexta-feira (24).

“Quem tomou a primeira dose há, no mínimo, 56 dias [oito semanas] já pode tomar, a partir desta sexta, a segunda dose, que ficará disponível nos quatro postos de vacina, de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h”, explicou a enfermeira Renata Lamana, que trabalha na Vigilância Epidemiológica, em entrevista ao Grupo Cidade de Comunicação.

Segundo estimativa da Secretaria Municipal da Saúde, cerca de quatro mil pessoas com idade entre 28 e 39 anos que receberam a primeira dose da Pfizer devem ser contempladas com a antecipação.

A enfermeira também informou que neste sábado (25), excepcionalmente, a Secretaria Municipal da Saúde vai realizar um plantão de vacinação no CCI (Centro de Convivência do Idoso), que fica na Vila Paes, para aplicar a segunda dose da Pfizer já considerando esse novo intervalo. A Pasta também organizou um plantão para quem ainda não foi vacinado. Este, porém, vai acontecer no Assary Clube de Campo.

“Todos aqueles que precisam tomar a segunda dose de qualquer imunizante podem aproveitar o plantão, neste sábado, no CCI”, acrescentou a enfermeira Renata.

Para receber a segunda dose, o munícipe precisar levar RG, CPF, comprovante de residência, cartão do SUS e o cartão da vacinação, constando a aplicação da primeira dose dentro dos intervalos permitidos.

Novo intervalo

A redução do intervalo entre as aplicações fará com que 6,9 milhões de pessoas completem o esquema vacinal até o fim deste ano, segundo o anúncio do governo estadual realizado no Instituto Butantan.

A proposta de diminuir o intervalo entre as doses havia sido anunciada pelo governo federal em 26 de julho deste ano. O intuito era frear a contaminação pela variante delta do coronavírus. 

Quase um mês depois, em 14 de agosto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a redução seria feita quando toda a população adulta do país estivesse vacinada com ao menos uma dose da vacina. Na época, o ministro não estimou uma data específica para o prazo menor começar a valer.

O Brasil estava aplicando as doses da Pfizer com intervalo de 90 dias seguindo uma estratégica também aplicada no Reino Unido, França e Alemanha. A bula do imunizante recomenda um prazo de 21 dias, mas o intervalo maior não diminui a eficácia da vacina.

No caso do Brasil, o baixo estoque do imunizante no início das entregas, neste ano, foi um dos motivos de o governo federal a adotar o intervalo maior.