O pesquisador e diretor Adjunto de Pós-graduação da Famerp, Mauricio Lacerda Nogueira, concedeu entrevista exclusiva ao A Cidade
O médico virologista da Famerp, Mauricio Lacerda Nogueira falou com exclusividade ao A Cidade sobre a nova variante (Foto: Arquivo pessoal)
Da redação
O mundo está em alerta em razão do surgimento de mais uma variante do coronavírus: a ômicron. No Brasil três casos da nova cepa já foram identificados e todos eles em São Paulo. Com base nesse cenário e na sua experiência em pesquisas relacionadas à pandemia foi que, em entrevista exclusiva ao
A Cidade, o médico virologista, pesquisador e diretor Adjunto de Pós-graduação da Famerp de Rio Preto, Mauricio Lacerda Nogueira, afirmou que é questão de tempo para a ômicron chegar a Votuporanga e região.
Segundo o especialista, que foi responsável por coordenar a terceira fase dos testes clínicos da Coronavac em Rio Preto, ainda não há evidências de que as três pessoas infectadas com a nova variante tenham contaminado outras pessoas, mas é preciso continuar monitorando.
“Eu não acredito ainda [que a ômicron tenha chegado à região] porque nós estamos monitorando e até o momento não achamos. É questão de tempo, quanto tempo, é difícil saber. Precisamos esperar, o vírus vai se estabelecer em alguma região do Brasil assim que ele entrar e depois que se estabelecer, ele irá se disseminar. Isso é simples. Agora quando, somente com bola de cristal”, disse dr. Mauricio.
O médico explicou que a nova variante tem um potencial, em termos de mutação, muito importante. Porém, ainda não é possível saber como isso impacta em termos de gravidade da doença, nem o que acontece com as pessoas que já se vacinaram.
“Recomendo muita calma nessa hora. O fato é, ainda tem muita gente que precisa ser vacinada. Existem doses de reforço que precisam ser dadas, a vacinação tem que caminhar para as crianças. Não adianta voltar ao ensino presencial, sem a vacinação de crianças, vai ser uma situação de muito risco. Em escala global, a vacinação tem que atingir o mundo inteiro, [do contrário], teremos a cada três meses, uma variante nova”, completou.