O virologista Mauricio Lacerda Nogueira que o planejamento pode continuar e que, se for o caso, pode ser cancelado no ano que vem
Para o virologista Mauricio Lacerda Nogueira, o planejamento de qualquer evento pode continuar e, se for o caso, pode ser cancelado em 2022 (Foto: Divulgação)
Da redação
Ainda em sua entrevista ao
A Cidade, o virologista Mauricio Lacerda Nogueira, disse que ainda é cedo para se falar no cancelamento do Carnaval. Para o especialista o planejamento para a realização de qualquer evento pode continuar e, se for o caso, ele pode ser cancelado no ano que vem.
“Acredito que nós não temos informações para tomar uma decisão sobre um evento que vai acontecer daqui há três meses. Algum governante do Rio de Janeiro, não me recordo qual, usou uma frase que achei interessante: nós podemos planejar o que a gente quiser, estamos planejando, mas a gente também pode cancelar o que a gente quiser. Então o que eles estão fazendo no Rio de Janeiro, que é o de se fazer um planejamento para o evento e a confirmação vai depender da situação do momento. Se fosse hoje, eu consideraria até razoável, amanhã eu posso discordar e achar que não pode, é muito dinâmico”, afirmou.
Questionado sobre a decisão do Governo do Estado de rever a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos, ele afirmou que isso ainda precisa ser avaliado nos próximos dias.
“Até o dia 11 de dezembro, nós temos mais 10 dias, isso tem que ser avaliado no dia 10 de dezembro. Olha, não teve introdução, a variante não se sustenta ou ela não está conseguindo se introduzir no Brasil com a nossa alta taxa de cobertura vacinal, nós temos uma boa taxa da vacina com a Coronavac, que talvez é uma vacina interessante contra essa variante. Então ótimo, dá para manter ou tirar máscara. Hoje não dá para responder sobre o dia 11, são dez dias e o cenário muda completamente”, analisou.
Por fim, o virologista afirmou que a descoberta da variante mostra o poder da vigilância brasileira, pois a detecção, no seu ponto de vista, foi muito rápida. “Agora mostra o erro do governo federal em insistir em não tomar uma medida fundamental, que é proibir a entrada de não vacinados no Brasil. Ainda que os três que vieram tenham sido vacinados”, concluiu.