Dra. Virginia Madeira de Carvalho falou sobre a doença e deu dicas de como evitar
Dra. Virginia explicou que a transmissão pode ocorrer através do contato direto com as secreções oculares de outra pessoa com conjuntivite ou por meio de mãos ou objetos contaminados com os olhos (Foto: Santa Casa de Votuporanga)
Com as temperaturas mais altas, não é somente a pele que exige cuidados redobrados. Os olhos também merecem atenção especial em razão dos surtos de conjuntivite. Neste período do ano, a doença mais comum é a conjuntivite viral, causada pelo adenovírus e é altamente contagiosa.
Hábitos das épocas mais quentes como piscinas e praias; exposição prolongada ao sol, sauna e ar-condicionado irritam os olhos e facilitam a entrada de microrganismos. A oftalmologista do SanSaúde, Dra. Virginia Madeira de Carvalho explicou sobre a doença e deu dicas de como evitar.
O que é conjuntivite?
Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que é a membrana mucosa que recobre a parte branca do olho. Pode ser alérgica, infecciosa ou química.
Dra. Virginia explicou que a transmissão pode ocorrer através do contato direto com as secreções oculares de outra pessoa com conjuntivite ou por meio de mãos ou objetos contaminados com os olhos.
Sintomas
Os principais sintomas são: vermelhidão, coceira, fotofobia, sensação de areia, lacrimejamento ou secreção, e dores oculares.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, comprovado pelo exame oftalmológico. “A pessoa contaminada precisa estar atenta a algumas recomendações como não coçar os olhos; lavar as mãos várias vezes ao dia ou sempre que colocar a mão no rosto; não frequentar piscinas ou praias; não compartilhar maquiagens e utilizar óculos de sol”, disse.
Tratamento
A profissional orientou que o ideal é consultar um oftalmologista, pois cada tipo da doença deve ser tratado de maneira diferente, apesar dos sintomas serem semelhantes. “O tratamento inadequado é muito perigoso e vale destacar que o uso de alguns colírios, que proporcionam alívio dos sintomas, pode causar catarata e glaucoma. Por isso, a utilização de todo medicamento deve ser monitorada pelo médico”, frisou.
Ela frisou que, normalmente, os casos evoluem bem com tratamento. “Porém podem ocasionar cicatrizes internas que podem diminuir a acuidade visual”, alertou.
Prevenção
As medidas preventivas são: lavar as mãos antes e após a manipulação dos olhos, separar objetos de uso pessoal, evitar cumprimentos com as mãos, beijos, usar lenços de papel descartáveis. “Também devem suspender uso de lentes de contato e maquiagem. Para evitar o contágio, recomenda-se às pessoas saudáveis sempre lavar as mãos com água e sabão e, se não for possível, usar álcool em gel, sobretudo em época de epidemia, e não coçar ou levar as mãos em contato com os olhos”, finalizou.