Associação atende milhares de pacientes e seus familiares em Votuporanga e em todo o país, inclusive com uma Casa de Apoio em Barretos
Cassiano e seu pai, Manoel Correia, contaram como surgiu a Associação Jéssica Rosado; no detalhe, a jovem, vítima de câncer (Fotos: A Cidade e arquivo pessoal)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
O Dia Mundial do Combate ao Câncer é nesta sexta-feira (04). E Cassiano Rosado Correia, e seu pai, Manoel Correia, fundadores da Associação Jéssica Rosado, passaram pelos estúdios da
Cidade FM, onde explicaram os trabalhos oferecidos pela instituição em apoio aos portadores da doença.
Eles fundaram a associação a partir de um dos últimos desejos da jovem Jéssica Rosado, que morreu aos 25 anos, vítima de um câncer no cérebro.
“A Jéssica era uma menina muito bonita e teve a doença em 2015. Ela passou por várias cirurgias e sempre se preocupava com as pessoas. Essa doença é terrível. No último dia de vida, ela nos chamou até o hospital e falou: ‘pai, eu estou partindo, mas quero que você dê continuidade [aos trabalhos], funde uma associação para ajudar os portadores de câncer, que a gente sabe que são esquecidos pelo Poder Público e eu quero que você ajude’. Ela faleceu e a gente fundou a Associação Jéssica Rosado”, contou Manoel.
Atualmente, a associação conta com unidades em Araçatuba, Assis, Votuporanga, Presidente Prudente, Prata (MG) e São Matheus (ES), além de casas de apoio em Barretos, Jaú, Presidente Prudente e Jales, que acolhem, oferecem refeições e apoio a pacientes e suas famílias durante o tratamento.
Trabalhos
Na prática, a associação consegue medicamentos para o tratamento dos pacientes, bem como cestas básicas, em alguns casos, além de oferecer, por meio das casas de apoio, condições básicas – como alimentação e um lugar para dormir, por exemplo - tanto para os portadores da doença quanto seus acompanhantes durante o tratamento. Tudo de forma gratuita.
“Estamos fazendo esse trabalho para que a Jéssica, onde quer que ela esteja, possa sorrir, sabendo que estamos cumprindo o que ela pediu no seu leito de morte. 27.271 famílias são atendidas só no Estado de São Paulo”, disse Manoel, que acrescentou que os trabalhos da instituição são voltados para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Já Cassiano contou que a casa de apoio em Barretos passa por reforma para ser ampliada. Eles decidiram aumentá-la por conta da demanda alta de acolhimento de pacientes e seus acompanhantes.
“Eu convivi com pessoas que não tinham onde dormir e o dinheiro contado para o almoço. Depois da morte da minha irmã, arregaçamos as mangas, fomos à luta e não vamos desistir de atender os portadores de câncer que necessitam daquele carinho, amor nesse momento de fragilidade”, contou Cassiano.
É possível entrar em contato, conhecer e/ou colaborar com a Associação pela internet, por meio do
site da instituição e suas páginas nas redes sociais, como, por exemplo, no Instagram (@associacaojessicarosado).