Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
A comunicação está na base de qualquer relacionamento, pessoal ou profissional. No entanto, apesar de sua importância, aprendemos a nos comunicar ainda de maneira insatisfatória, considerando-se o resultado que alcançamos em muitas das nossas interações: falta de entendimento, confusão, enganos e até mesmo brigas.
A comunicação não violenta (CNV), sistematizada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg nos anos 60, surgiu com o intuito de melhorar a comunicação interpessoal (até mesmo a intrapessoal), tornando-a mais compassiva e evitando, assim, muitos conflitos. Popularizada após a publicação do livro de Rosenberg, em 1999, Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais, a CNV tem sido introduzida, mais recentemente, no ambiente de trabalho, onde a boa comunicação pode significar melhores resultados para as organizações.
CNV é composta por quatro passos:
1. Observação – significa prestar atenção ao que vemos ou que escutamos do outro, sem julgar ou avaliar, ou seja, ter consciência do que vemos, e não do que pensamos que vemos.
2. Identificação dos sentimentos – é a observação dos sentimentos provocados pela fala ou atitude do outro. Tristeza, irritação, raiva, frustração são alguns dos sentimentos mais comuns e por trás deles se revelam necessidades.
3. Identificação das necessidades – o que está nos faltando? A identificação das necessidades não só nos tranquiliza, como nos torna capazes para escolher meios para satisfazê-las, por isso é parte fundamental da CNV.
Todos temos as mesmas necessidades, independentemente da nossa origem, da cor da nossa pele, dos nossos costumes ou crenças. Todos nós precisamos de amor, diversão, nutrição, relaxamento, segurança, esperança, liberdade de escolha, autonomia etc. O que muda para cada pessoa é a estratégia para supri-las. O principal foco da CNV é encontrar uma maneira de satisfazer as necessidades de todos, alcançando uma estratégia que funcione para todas as partes envolvidas.
4. Pedido – o que queremos da outra pessoa para que uma necessidade nossa seja atendida. Esse pedido deve reunir alguns critérios: ser viável, concreto, formulado de maneira positiva, envolver pelo menos uma pessoa, ser feito no presente e não ocorrer de forma impositiva.