Caio César Araújo Santana, de 20 anos.
O crime aconteceu em outubro de 2010, na casa de um conhecido de ambos, na rua Miguel Andreo, no Jardim das Palmeiras II. Utilizando um revólver calibre 32, que era da vítima, Renato acertou um tiro na cabeça de Caio, por estarem "brincando" de roleta-russa, pois acreditou que a arma estivesse sem munição, mirou e atirou na nuca de Caio.
Entretanto, esta tese só foi apresentada uma semana depois do fato. No dia do crime, o que ele falou para a polícia era que uma moto com dois indivíduos parou em frente à casa e efetuou o disparo na vítima, momento em que este se levantava para ir até a cozinha.
Sentença
A sentença foi proferida no início da tarde de ontem, no Fórum de Votuporanga, pelo juiz Maurício Ferreira Fontes, titular de Fernandópolis.
O jovem já tinha passagens policiais e internação na Fundação Casa ainda quando menor, foi condenado a seis anos de reclusão em regime inicial semiaberto, concedendo o direito de recorrer em liberdade. Além disso, deverá pagar aos sucessores da vítima R$ 100 mil.
Integraram o Conselho de Sentença: Juliana de Souza Silva; Maralice Marioto da Costa; Clóvis de Prosdócimi; Maria das Graças Morini; Taís Fernanda Bonfim da Silva; Luiz Veríssimo Pigioni; e Luzia Zirundi.
Argumento
Em sua defesa, Renato informou ao juiz que a versão de que teria "brincado" de roleta-russa com a vítima, foi apresentada até agora, porque ele estaria sofrendo ameaças de terceiros desde o dia do fato. O possível autor da ameaça seria o responsável pela morte de Caio e estaria o obrigando a sustentar a tese da roleta-russa.
Disse que recebeu cartas e bilhetes anônimos, informando que caso contasse quem seria o autor do crime, poderia até morrer. Sofreu um acidente de trânsito, e que durante 17 dias esteve na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), e acredita que o ocorrido pode ter sido um atentado contra sua vida.
Contou que o exame residuográfico, onde a perícia apura vestígios de pólvora, deu negativo em suas mãos. Segundo o próprio jovem, ao ver a vítima caída e sangrando, resolveu ajudar e em seguida, foi ao banheiro lavar as mãos com água e sabão.