Alguns vereadores lamentaram o percentual abaixo da inflação acumulada do ano, que foi de 11%, mas ninguém se posicionou com voto contra.
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Em pauta recheada de projetos, seis no total, a Câmara Municipal finalmente votou e aprovou o polêmico texto de reajuste aos servidores públicos municipais. Por unanimidade, a proposta enviada pelo Poder Executivo, que concede 8% e aumento de R$20 no auxílio alimentação, recebeu o aval dos parlamentares. Alguns vereadores lamentaram o percentual abaixo da inflação acumulada do ano, que foi de 11%, mas ninguém se posicionou com voto contra.
Após muitas discussões sobre o tema, se a matéria não fosse aprovada ontem, os servidores públicos municipais ficariam sem reajuste em 2016. Segundo o texto do projeto de lei aprovado, o 43/2016, fica reajustado o vencimento de servidores municipais ativos, inativos e pensionistas em 8%, sendo 3% a partir de 1º de março, sobre o valor de vencimento base de fevereiro, 3% a partir de 1º de agosto, sobre o valor de vencimento base de julho, e 2% a partir de 1º de dezembro, sobre o vencimento de novembro.
O impacto orçamentário-financeiro no exercício de 2016 será de R$4 milhões. Para 2017 será der R$8,3 milhões e R$9,2 milhões em 2018. Na tribuna, Jurandir Benedito da Silva, o Jura do PT, disse que boa parte dos servidores não se esqueceria do resultado dessa votação. “Seremos criticados, bem como a Prefeitura. É pouco esse reajuste”, afirmou. Segundo o petista, o prefeito Junior Marão não teve coragem de “cortar na carne” os cargos de comissão e procurar melhorar as condições dos trabalhadores concursados.
Por sua vez, Osvaldo Carvalho disse que a matéria foi denominada por servidores públicos municipais como o “projeto Casas Bahia”, por ser parcelado em várias vezes, e mostrou sua indignação. Osvaldo se lembrou de fala anterior dele na tribuna, de que votaria contra qualquer proposta do Executivo se fosse abaixo de dois dígitos. O vereador argumentou que voltou atrás para não prejudicar os servidores. “Voto a favor, mas contrariado e de consciência tranquila de que os vereadores fizeram a sua parte para tentar melhorar a negociação”, afirmou. A fala dele foi apoiada pelo colega Pedro Beneduzzi.
Já o projeto 44/2016 definiu o Auxílio Alimentação no valor de R$220, entre os meses de março de 2016 a fevereiro de 2017.