Produtos chegaram, em média, 15% mais caros do que nos mesmos meses de 2015; venda de bombons deve aumentar
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Desde o fim do Carnaval, os supermercados e lojas especializadas começaram a receber ovos de Páscoa e outros produtos relacionados à data. Em Votuporanga, os itens chegaram, em média, 15% mais caros do que nos mesmos meses de 2015. A expectativa para esse ano é que esta seja a Páscoa da caixa de bombom e da barra de chocolate, com uma projeção de aumento de vendas de 8%, deixando os ovos um pouco para trás na hora de realizar as compras.
As parreiras já estão cheias de ovos de todos os tamanhos e para todas as idades. Algumas marcas admitiram ter diminuído o peso do produto, mantendo o preço, para evitar reajuste. De acordo com o diretor da rede de supermercados Santa Cruz, Renato Gaspar Martins, para que os consumidores não abram mão do presente na data mais doce do ano, os fabricantes também investiram em uma variedade maior de ovos pequenos. “Eles têm buscado essas alternativas para oferecer produtos que atendem às necessidades do consumidor, mas que não tenham um preço elevado”, disse.
A cozinheira Ana Paula Garrido foi ao supermercado junto ao filho de 1 ano e 6 meses, o pequeno Lucas Gabriel. Só foi chegar na parte dos ovos que ele já voltou os olhos para o alto e começou a pedir o chocolate. “Querendo ou não, chama muito atenção das crianças os ovos de Páscoa. O preço esse ano realmente aumentou, acredito que pela crise que estamos enfrentando, mas eu acabo sempre comprando algo para ele, nem que for um ovo menor. O segredo é pesquisar”, contou.
A dona de casa Ângela Ribeiro também tem um filho pequeno e contou que esse ano assustou quando chegou ao supermercado. “Ano passado já estava com um preço elevado e eu acabei comprando aqueles caseiros. Esse ano aumentou bastante também, então ainda não decidi o que vou comprar, vou dar uma pesquisada antes”, falou.
O diretor também disse que, pelo fato de a Páscoa cair em março neste ano, a tendência é que as vendas comecem na segunda quinzena do mês. “Começamos a receber os produtos logo após o Carnaval, mas ainda há muito para chegar antes da data. O movimento aumenta mesmo mais próximo à Páscoa”, comentou.
Mas deixar para a última hora nem sempre é a melhor opção. Os estoques são programados para terminar nos dias que antecedem a data, e se não encontrar o modelo que procura, o consumidor pode ter de desembolsar ainda mais.