Transmitida pelo Aedes aegypti, doença tem preocupado autoridades de saúde de todo país; na região, são 17 casos neste ano
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Devido aos vários casos de dengue e zika, a chikungya acabou sendo esquecida em meio ao caos. Porém, a doença começou a virar caso de preocupação nacional, além de também avançar para o interior de São Paulo. A região noroeste paulista, que quase não tinha registros, confirmou 17 casos neste ano, sendo que no ano passado foram apenas cinco. Em Votuporanga, por outro lado, a doença continua imune e alivia as autoridades de saúde que, mesmo assim, continuam realizando ações para evitar que a chikungunya passe pelo município
Os números podem ser considerados baixos comparados a uma região de 102 municípios, que fazem parte da DRS de Rio Preto, mas mostram um vírus circulando em uma população suscetível a doença. Além disso, o que mais preocupa é que a chikungya é mais devastadora que o zika e também é transmitida pelo Aedes aegypti
Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue, a chikungunya e a zika são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, a principal característica da chikungunya é a forte dor nas articulações, que podem durar de três semanas até um ano, em alguns casos.
Somente no Estado de São Paulo, já são 834 casos confirmados da doença até o início deste mês, três vezes mais que todo o ano passado, quando houve 189 registros da doença.
Trabalho de prevenção em Votuporanga
A Secretaria de Saúde de Votuporanga é responsável pelo Setor de Controle de Endemias e Zoonoses (Secez) e realiza um trabalho eficiente de vistoria em todas as casas do município, incluindo os imóveis fechados. “Agentes comunitários de saúde e de endemias percorrem imóveis e estabelecimentos orientando moradores e proprietários sobre o combate ao Aedes aegypti”, explicou a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Votuporanga, Danúbia Franco.
A enfermeira ainda ressaltou que o resultado positivo no município é fruto do empenho dos agentes de saúde e endemias no trabalho do mutirão de limpeza Todos Contra o Aedes. “Mais de 16,4 mil imóveis foram visitados, aos sábados, entre os meses de março e abril deste ano. Um novo mutirão está sendo programado para o mês de setembro deste ano”, finalizou.