Na região de São José do Rio Preto, foram um total de sete internações e 30 óbitos
Após a morte do ator Domingos Montagner, vítima de afogamento no rio São Francisco, no Sergipe, esse tipo de acidente virou destaque nacional. O fato serve de alerta e segundo um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, os números são alarmantes, pois a cada dia, duas pessoas morrem, em média, vítimas de afogamento, sendo que 50,2% desses óbitos são de adultos entre 20 e 49 anos.
O levantamento é referente aos dados coletados no ano de 2015 nas 17 áreas dos Departamentos Regionais de Saúde. Entre as regiões com menor índice de afogamentos estão: Grande São Paulo, Araçatuba, Campinas, Marília, Sorocaba e Taubaté.
Em contra partida, outras dez regiões registraram aumento nos óbitos: Baixada Santista, Barretos, Bauru, Franca, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Sorocaba.
Na região de São José do Rio Preto, a qual Votuporanga faz parte, os dados preocupam, apenas em 2015 foram um total de sete internações e 30 óbitos registrados. Em todo estado de São Paulo, 752 pessoas morreram por afogamento enquanto apenas 73 foram internadas. Dados como estes, mostram que há um alto índice de vítimas fatais nesse tipo de acidente.
Em 2014, foram 788 óbitos e 104 internações em decorrência de afogamentos. Já os dados preliminares, até agosto de 2016, há registros de que 76 pessoas foram internadas em todo estado, enquanto 420 foram a óbito neste mesmo período.
Com o grande número divulgado, vale ressaltar que os banhistas devem ter alguns cuidados seja no mar, piscinas, rios, lagos ou cachoeiras, especialmente no verão, quando o fluxo de pessoas nessas áreas é maior.
Dicas
No caso de crianças, um adulto deve ficar atento. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente nas crianças. Vale lembrar que não se deve confiar na falsa impressão de segurança que comumente os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina.
Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros. No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido.
Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar. Se estiver em um rio e perder e se sentir em perigo, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens.
Jamais mergulhe de cabeça em rios, lagos, e outros depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios e sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao afogamento.
Se possível evitar ou redobrar a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica bastante limitada.
(Colaborou Rivaldo Silva)