A unidade tem o objetivo de restabelecer o dependente químico ou alcoólico, bem como reinseri-lo junto à sociedade
Reinaldo é coordenador do Programa de Saúde Mental
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
A dependência química ou alcoólica é um dos maiores problemas sociais do nosso século. Independente da classe social, esse problema é o vilão que limita definitivamente o bem estar do indivíduo e atinge diretamente famílias, destruindo lares e distanciando os mais próximos, tornando uma saída quase impossível de se alcançar. Em Votuporanga, esse problema é levado a sério por meio dos serviços de apoio e tratamento aos usuários de drogas e álcool, incluindo a ajuda também para suas famílias.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS AD), oferece uma estrutura que integra ações de recuperação dos usuários e prevenção ao uso de álcool e drogas. A unidade funciona em Votuporanga desde 2012 e neste ano já atendeu um total de 4.268 pessoas, sendo que atualmente 639 usuários de álcool ou drogas fazem tratamento no local. Por mês, são mais de 300 atendimentos realizados.
Em conversa com o A Cidade, o coordenador do Programa de Saúde Mental de Votuporanga, Reinaldo Carvalho, explicou que o principal objetivo do CAPS AD é disponibilizar atenção integral e contínua aos munícipes usuários. “É preciso aproximá-los dos serviços de saúde e atendê-los como indivíduos que necessitam de atenção em saúde, não só de tratamento, mas também com foco na promoção da qualidade de vida, respeitando a singularidade de cada sujeito”, comentou.
Segundo Reinaldo, os alcoólatras são os que mais recebem atendimento, em seguida os usuários de múltiplas drogas. “A unidade funciona como um instrumento de saúde da atenção básica. O indivíduo que necessitar de ajuda pode procurar o serviço sem agendamento prévio, que será acolhido. Após este acolhimento, de acordo com as necessidades do indivíduo, é elaborado um plano de tratamento singular, podendo ser de alta, média e baixa permanência no serviço”, explicou.
O CAPS, segundo Reinaldo, disponibiliza três formas de atendimento: não intensivo, com tratamento até três vezes ao mês; semi-intensivo, com programação de tratamento de até 12 vezes mensais; e intensivo, com mais de 12 vezes ao mês. “Para o tratamento, inicialmente o paciente passa por uma avaliação psicológica e social, posteriormente discute-se o caso com uma equipe multiprofissional para encaminhar ao tratamento ou a outro serviço mais adequado”.
O coordenador ressaltou que no caso de usuários de drogas, o CAPS AD não realiza internações, uma vez que a unidade visa trabalhar o tratamento ambulatorial intensivo, porém, dependendo do caso, o encaminhamento é realizado por meio da unidade. “O CAPS AD é um serviço que não oferece vaga de internação direta, as vagas são disponibilizadas via central reguladora de vagas da DRS XV de São José do Rio Preto, e o encaminhamento para a internação é sempre realizado na avaliação médica psiquiátrica, quando o indivíduo apresenta critérios clínicos para internação”, afirmou Reinaldo, ressaltando que são encaminhadas, em média, seis internações mensais.
Para mais informações, o CAPS AD atende na rua Javari, 3587, Vila Marin. O telefone para contato é o 3423-6343.