O número preocupa, porque, segundo a Secretaria, a mulher que marca e falta tira a oportunidade de atendimento de outra pessoa
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Um número elevado de mulheres tem agendado mamografia, mas faltado no dia do exame em Votuporanga. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, 587 mulheres não compareceram nos dez primeiros meses do ano. O saldo preocupa, porque a pessoa que marca e falta tira a oportunidade de atendimento de outro munícipe.
Foram realizados até outubro 2.712 agendamentos para mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Nas mulheres com menos de 50 anos e mais de 69 anos, são 1.708 agendamentos e 1.400 realizados.
No total, nos dez primeiros meses do ano, são 4.420 agendamentos e 3.833 realizados, o que resulta em 587 não comparecimentos.
O mês passado foi o chamado Outubro Rosa, uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A iniciativa acontece com mais intensidade em outubro e tem como símbolo o laço cor de rosa. Mesmo no mês de mais alerta, o número de faltas é considerado alto na cidade: 40 mulheres marcaram, mas não compareceram.
Em caso de desistência do exame, a paciente deve se dirigir até a sua unidade de saúde com pelo menos três dias úteis de antecedência para desmarcar. “Se a pessoa está agendada para uma consulta ou exame e não comparece, outro munícipe deixa de ser atendido, o tratamento fica prejudicado e a vaga é perdida”, esclareceu a Secretaria de Saúde.
A Secretaria destaca que a mamografia é um método consagrado de prevenção e diagnóstico precoce. O exame detecta lesões milimétricas que o autoexame não identifica. A identificação dos tumores mamários na fase inicial aumenta as possibilidades de cura.
Sobre o exame do toque, a pasta explica que o Ministério da Saúde não estimula o autoexame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo. “O exame das mamas realizado pela própria mulher (autoexame) não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade”, esclarece a pasta.