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Cidade
Votuporanga tem 23 crianças em acompanhamento por violência ou exploração sexual em 2022
Vítimas têm entre 2 e 10 anos de idade; outras sete foram resgatadas em situação de trabalho infantil e também são atendidas no Creas
Gráfico revela os números da violência sexual contra crianças em Votuporanga nos últimos cinco anos (Foto: A Cidade)
Da redação
Dados obtidos com exclusividade pelo A Cidade junto ao Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), revelam que 23 crianças de Votuporanga, com idades entre 2 e 10 anos, estão sob acompanhamento profissional, após serem vítimas de violência ou exploração sexual. Outras sete, com idades entre 8 e 16 anos também foram resgatadas após serem encontradas em situação de trabalho infantil.
Os números revelam um cenário preocupante em 2022, pois já são superiores ao total de atendimentos feitos ao longo dos 12 meses do ano passado, quando 19 crianças vítimas de violência sexual passaram por acompanhamento. Atualmente, 22 crianças vítimas de violência sexual e uma criança vítima de exploração sexual são assistidas pela equipe do Creas.
A violência sexual, de acordo com o órgão, pode ser registrada de inúmeras maneiras, entre elas, pela exploração sexual, quando existe uma relação de mercantilização, seja através de presentes, troca de favores ou dinheiro e também por abuso físico, pedofilia (inclusive pela internet), sedução, ameaça ou exposição da criança a conteúdos sexuais.
Nesses casos a assistência a essas crianças e suas famílias é realizada através de atendimentos psicossociais, visitas domiciliares e institucionais, orientações, informações, articulação com a rede de proteção e encaminhamentos que se fizerem necessários para a educação, saúde e órgãos de garantia de direitos.
“O objetivo é fortalecer a função protetiva da família para a construção de possibilidades de mudança e transformação em padrões de relacionamento, gerando a potencialização dos recursos para a superação da situação vivenciada e a reconstrução de relacionamentos familiares”, esclarece o Creas.
O encaminhamento dessas crianças é realizado pela rede de proteção, pelos equipamentos de garantia de direitos, por denúncias anônimas, familiares e demanda espontânea (serviço ofertado pelo Creas em que a população comparece até a unidade para denunciar e/ou comunicar situações suspeitas de violação de direitos e violências).
“É importante ressaltar que diante da suspeita de qualquer tipo de violência, a denúncia deve ser realizada, e é respeitado o anonimato da pessoa que não quiser que seu nome seja revelado”, complemente o órgão.
Os canais de denúncia são o Disque 100 e a Ouvidoria Geral do Município de Votuporanga através de denúncias anônimas. Além desses canais, também são disponibilizados outros dispositivos de denúncias, entre eles, o Conselho Tutelar, o Sistema de Justiça, formado por Delegacias como, por exemplo, a Delegacia de Defesa da Mulher, e também o Ministério Público, através do Poder Judiciário.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2022/04/votuporanga-tem-23-criancas-em-acompanhamento-por-violencia-ou-exploracao-sexual-em-2022-n72821
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