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Cidade
‘Vozes da Dança’: impacto que a dança proporciona aos que nascem com o dom nas veias
O jornal A Cidade preparou ao longo deste mês, a série ‘Vozes da Dança’ para incentivar a cultura e revelar a importância da arte
O jornal A Cidade preparou ao longo deste mês, a série ‘Vozes da Dança’ para incentivar a cultura e revelar a importância da arte (Foto: Arquivo pessoal)
Thábata Waideman Estagiária sob supervisão thabata@acidadevotuporanga.com.br
A dança faz parte da cultura de Votuporanga e é valorizada por ser uma ferramenta importante para a transformação da sociedade, apresentando relatos em que a arte transformou realidades sociais, e promoveu oportunidade de ampliar o conhecimento. Pensando em propagar a importância da dança para incentivar sonhos, aprimorar talentos e mudar realidade das pessoas menos favorecidas, mas se encantam por oportunidades culturais, o jornal A Cidade lança uma nova série: a “Vozes da Dança”.
O convidado para a primeira entrevista da série é o professor de dança breaking, Danilo Germano que compartilha um pouco da sua experiência com as aulas e alunos que se consolidaram na arte. Danilo Germano, hoje é um “b-boy” que leva aulas de breaking para crianças e conta que se interessou pela dança quando tinha apenas 7 anos.
“Fui uma criança que nasceu no bairro São João, no Ipiranga, uma pobreza extrema. Morei em uma daquelas casas simples do bairro, mas fui uma criança muito rica, mesmo em meio aquela realidade, porque nasci dentro de uma família artística, uma família que participava de festival musical desde os anos 50. A família Germano me proporcionou ver minhas tias, e meus irmãos participar de teatros, até que chegou o hip-hop na minha vida”, contou.
Na época a o hip-hop não era conhecido, então as disputas de breaking aconteciam com pessoas mais velhas. “O Danilo criança tinha uma dificuldade no ano de 1994, na época não tinha crianças que dançavam, eu tinha que ir para um baile Black às 22h, para participar das rodas de breaking, foi ali que essa criança foi evoluindo e dançando, não em uma competição com outra criança, mas com adultos, porque na época as crianças não eram envolvidas com a dança”, completou.
O amor pela dança somado ao talento de ensinar, desde cedo motivou Danilo na aprimoração e na vontade de ensinar, mas com o passar dos anos a paixão foi se esfriando. “O meu primeiro projeto foi dentro de casa, no meio da favela, mas na adolescência, eu quase desisti. Eu tentei parar de dançar porque a dança estava morrendo na cidade, estava minguando e consequentemente meu coração foi se esfriando com as dificuldades de apresentar meu talento, mas quando eu retornei para dança percebi que não tem para onde correr, a dança sempre fez parte da minha vida”, explicou.
No ano de 2005, com o objetivo de levar a cultura para dentro das escolas, Danilo iniciou como professor no projeto Clube da Turma, que atende prioritariamente crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, oferecendo atividades complementares ao período escolar e ações socioeducativas para as famílias.
“Foram mais de 10 escolas assistidas. Na época eu não sabia da evolução, não imaginava como uma aula bem dada para as crianças e adolescentes seria eficaz, ao ponto de no ano seguinte vários dos meus alunos ganharem campeonatos”, revelou.
O professor conta que na época, por ano eram mais de 50 crianças que faziam parte do projeto e que acompanhou de perto a mudança positiva de comportamento e disciplina dos alunos dentro e fora da escola. “Tenho na minha memória dois alunos que começaram na dança através do hip-hop ainda crianças, e hoje vivem da cultura. Wesley foi meu aluno em 2006, ele chegou com 11 anos e deixou a dança envolver ele, ele mergulhou e hoje ele é produtor de evento e vive da arte. O João também, dei aula para ele na escola Cem Profª Maria Izabel Martins De Oliveira, ele conheceu a cultura através do breaking, hoje ele continua vivendo da arte, no teatro”, contou.
Com a prova viva dos bons resultados na vida dos alunos, Danilo continua com o trabalho. “Hoje eu levo meu trabalho para a região, consegui expandir o público para as cidades de Parisi e Álvares Florence, o que resulta em uma média de 40 crianças e adolescentes aprendendo a dança.”, completou. Danilo ainda contou que de início o objetivo como professor era de dar aulas para crianças acima dos 8 anos, mas reconhece que para o talento não existe idade.
“Hoje dou aula para alunos de 6 anos, que dançam como se tivesse 13 anos. E a idade é um mero detalhe, temos profissionais de 64 anos que apresentam um verdadeiro show quando começa a batida da música. Então para fazer parte desse projeto os dois únicos critérios são: fazer o teste para ver se gosta e se sente que a dança faz parte do dia a dia e depois mergulhar, porque o hip-hop é uma cultura funda, e quem tem vontade mesmo de aprender vai longe”, disse.
Há pouco mais de três décadas fazendo da dança uma forma de transformar vidas e realidades o professor que se encantou pela arte aos 7 anos, conta que próximo a completar 40 anos o brilho no olhar continua. “Eu respiro a dança, ela é meu oxigênio, meu ganha pão, a forma que eu encontrei para impactar positivamente a vida das pessoas. Minha profissão é dançar e levar a dança para outras pessoas, posso dizer que eu respiro a cultura do breaking”, finalizou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2024/06/vozes-da-danca-impacto-que-a-danca-proporciona-aos-que-nascem-com-o-dom-nas-veias-n80625
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