Da Redação
Os bombeiros continuaram ontem as buscas ao ultraleve que caiu no rio Tietê, em
Buritama, na tarde do último sábado. A chuva e os ventos fortes impediram a
retomada dos trabalhos no período da manhã. O vento forte colocou em risco a
segurança dos bombeiros. Só no período da tarde de domingo, depois que o tempo melhorou, os mergulhadores retomaram as buscas. No sábado, pescadores que estavam no lago da hidrelétrica de Nova Avanhandava disseram que viram uma aeronave pequena bater na água e explodir.
A aeronave era um ultraleve pilotado pelo agricultor Valdir Aparecido Vissechi, de 51 anos, residente em José Bonifácio. Vissechi seguia de José Bonifácio para Birigui, onde participaria do velório de uma tia de sua mulher. Ele era aguardado pela esposa no aeroporto da cidade. Como não chegou no horário previsto, o atraso preocupou familiares, que acionaram a Polícia Militar.
Segundo o tenente Adriano Jesus de Andrade, antes de ser informada pela família
sobre o desaparecimento do piloto, a PM havia sido acionada por pescadores da região que informaram ter encontrado destroços de uma aeronave. O ultraleve da vítima só foi identificado com a ajuda do amigo de Vissechi, Osvaldo Mautaroldo.
Ele só teve a certeza de que as peças encontradas eram da aeronave do amigo, após identificar, em um dos destroços, a imagem de uma águia acompanhada pela marca do avião "Ventura". De acordo com Mautaroldo, existem somente 16 ultraleves da marca no Brasil, sendo 15 no Rio de Janeiro e apenas o da vítima no Estado de São Paulo.