Andressa Aoki
O presidente da Câmara Municipal, Eliezer Casali, convocou toda a imprensa na tarde de ontem, na Casa de Leis, para rebater as afirmações do vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso sobre a manutenção do Poder Legislativo. Ele refutou as críticas de Meidão e rebateu as denúncias individualmente.
Eliezer falou primeiramente sobre a iluminação da Câmara Municipal. “Quando ele era presidente, fez uma pequena obra elétrica. Os holofotes foram instalados em cada palmeira localizada na frente da Casa de Leis. O investimento não foi necessário, era apenas ornamental. Em pouco tempo, os equipamentos deram problemas. A equipe do Legislativo tentou consertar, mas foi em vão. Algumas luminárias também foram depredadas e outras roubadas”, disse.
Ele ressaltou que em consideração ao Meidão, entrou em contato com o vereador para perguntar se o legislador concordava com a retirada dos holofotes. “Na época, ele concordou e agora vem na tribuna. Meidão gastou R$10.320 mil com esta iluminação, que nunca funcionou”, complementou.
Portas fechadas
O presidente da Câmara Municipal negou que as portas da Casa de Leis foram fechadas. “Por duas semanas, as portas do setor administrativo ficaram trancadas para teste de fluxo de pessoas. As entradas disponibilizadas foram a que dão acesso ao plenário. Mas esta situação já foi revertida desde a última sessão”, disse.
Internet para todos
Ele comentou ainda sobre o programa “Internet para todos”, criado por Mehde Meidão em 2011. “Era uma sala onde foram comprados computadores. Os adolescentes faziam algazarras, navegavam em sites pornográficos e no Facebook. Este tipo de serviço a Câmara não pode promover, não podemos prestar serviço para a população de qualquer ordem. Está fora da missão da Casa de Leis, que é legislar. Essa atitude de Meidão gera improbidade administrativa. Por conta disso, todos os vereadores foram consultados e todos, inclusive Meidão, concordaram em acabar com a sala. Há projetos governamentais neste sentido, como o Acessa SP”, frisou.
Para ele, Meidão tentou desqualificar sua atuação como presidente. “Ele quis demonstrar que não sou bom presidente. Os ataques vieram somente quando a proposta de reeleição da mesa diretora foi apresentada”, destacou.
Eliezer disse que ainda não sabe se é candidato a reeleição de presidente da Câmara e enfatizou que o projeto de lei que visa mudar a lei orgânica e possibilitar a reeleição não é de sua autoria.